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Governo Lula recua em acordo internacional sobre descarbonização de caminhões e ônibus em benefício de aliados

Imagem: Ricardo Stuckart
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Lula assina documento e volta atrás em menos de 24 horas

Durante a COP30 em Belém, o governo brasileiro surpreendeu ao assinar um memorando internacional junto a 41 países que previa a meta de emissão zero para ônibus e caminhões até 2040. O texto, no entanto, privilegiava apenas a eletrificação dos veículos pesados, sem mencionar o papel dos biocombustíveis.

Menos de 24 horas depois, o governo Lula anunciou o recuo da adesão, alegando “interpretações divergentes” sobre os objetivos do acordo.

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O motivo do recuo: biocombustíveis fora do texto

O Brasil é líder mundial na produção de etanol, biodiesel e biometano, e o setor considerou o documento internacional como uma ameaça à sua competitividade.

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  • O acordo ignorava alternativas renováveis já consolidadas no país.
  • O governo defendeu que a transição energética brasileira deve ser plural, combinando eletrificação e biocombustíveis.
  • O recuo foi interpretado como uma forma de proteger a soberania energética nacional.

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A ligação de Lula com os grandes produtores de biocombustíveis

O episódio expôs a força do lobby dos biocombustíveis, aliados históricos de Lula:

  • Rubens Ometto (Cosan/Raízen): líder mundial na produção de etanol e pioneiro em etanol de segunda geração.
  • Irmãos Batista (JBS/J&F): gigantes da proteína animal e grandes produtores de biodiesel a partir de soja e sebo bovino.
  • Associações empresariais (Ubrabio, Abiove, Aprobio): representam o setor e pressionam por políticas públicas favoráveis ao biodiesel e ao etanol.

Esses grupos enxergam nos biocombustíveis a chance de consolidar o Brasil como protagonista global na transição energética.

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Impactos e repercussões

  • Internacional: O recuo gerou críticas sobre a consistência da política climática brasileira, mas reforçou a posição do país como defensor de uma transição energética diversificada.
  • Nacional: O setor de biocombustíveis comemorou a decisão, interpretando-a como vitória contra uma visão que privilegia apenas veículos elétricos.
  • Político: O episódio mostrou a força do agronegócio e das indústrias ligadas aos biocombustíveis na formulação da política energética.

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O recuo do governo Lula no acordo internacional sobre descarbonização de caminhões e ônibus não foi apenas uma questão técnica. Ele reflete a influência dos grandes produtores de biocombustíveis.

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