Quarto Corte da Selic a 12,25% – Como Ficam os Investimentos

Quarto Corte da Selic a 12,25% - Como Ficam os Investimentos
Queda da taxa de juros. Como fica a poupança?
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Novo Corte da Taxa Selic

Já era esperado a resolução adotada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira pela quarta vez seguida. De 13% para 12,25% ao ano. O corte, de 0,75 %l, levou a Selic ao menor patamar desde o início de 2015. Na época estava em 11,75% ao ano.
A redução de 0,75 ponto percentual também confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. No fim de janeiro, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, havia indicado que esse ritmo de corte de juros, implementado na reunião do Copom de janeiro, deveria ser mantido neste mês.
A previsão é que o Copom continuará a reduzir a Selic nos próximos meses. A taxa chegará a 9,5% ao fim de 2017, ou seja, em um dígito, algo que não acontece desde o fim de 2013.

As Metas da Inflação

A definição da taxa de juros pelo Banco Central tem como foco o cumprimento da meta de inflação. Definida todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Normalmente, quando os a inflação está em alta, o BC eleva a Selic na expectativa de que o encarecimento do crédito freie o consumo e, com isso, a inflação caia.
Quando as estimativas para a inflação estão alinhadas com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz o juros.

Por conta do cenário de recessão na economia, a inflação está em queda livre. Depois de somar 10,67% em 2015 e 6,29% no ano passado. Os economistas acreditam que o IPCA, a inflação oficial do país, fique em 4,43% em 2017. Algo abaixo da meta central de 4,5% fixada pelo CMN para este ano.

Apesar de ajudar a controlar a inflação juros altos prejudicam a economia do país e geram desemprego. Por isso, a expectativa é que a redução da Selic contribua para estimular a economia brasileira. A redução da Selic diminui a despesa do governo com o pagamento dos juros da dívida pública, que são atrelados à taxa. Apesar da redução de juros o Brasil ainda permanece na liderança disparada do ranking mundial de juros reais. Que são calculados com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses.

Com os juros básicos em 12,25% ao ano, a taxa real soma 7,3% ao ano. Permanecendo bem acima do segundo colocado. Que é a Rússia, com 4,91% ao ano, seguida pela Colômbia, com 2,97% ao ano.

A ideia é que as quedas continuem acontecendo

O cenário possibilita hipótese de trajetória de juros entre 9,5% e 9% ao final de 2017 e 2018, respectivamente. O BC concluiu, porém, que a “extensão” do ciclo de corte dos juros dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira, que continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.”

Como fica a poupança e investimentos

De acordo com cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), mesmo com a redução dos juros para 12,25% ao ano, os fundos de investimento continuam mais atrativos. Outros investimentos ganham da poupança na maioria das situações.

A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5% ao ano. Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).

Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos. No entanto, antes de escolher o investimento faça as contas. Se precisar de ajuda para entendê-los, temos bastante material a respeito no portal.

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