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As dificuldades diplomáticas da gestão Lula com os Estados Unidos e as ordens e ações do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, sancionado pela Lei Magnitsky, por violação dos direitos humanos, causaram a aplicação das maiores tarifas de exportação dos EUA contra o Brasil. E agora já custam ao Brasil e brasileiros mais de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 16,60 bilhões) por ano em exportações, com as maiores perdas recaindo sobre a indústria.

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É o que mostra um estudo da consultoria BMJ à CNI (Confederação Nacional da Indústria), ao qual a Folha teve acesso. Produtos industrializados devem responder por 27,3% das perdas impostas pelas tarifas.

“O que surpreende é o impacto que [o tarifaço] pode ter para as exportações industriais. Há uma visão de que se resolveu muita coisa, mas não. Na verdade, você pode perder US$ 3 bilhões em exportação em um ano, o que vai aumentar o déficit [comercial] com os Estados Unidos,” disse Welber Barral, sócio fundador da BMJ à Folha de São Paulo.

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De acordo com o levantamento, concluído nesta sexta-feira (21), o prejuízo trimestral consolidado (agosto a outubro de 2025) chegou a US$ 767,85 milhões (cerca de R$ 4,1 bilhões), enquanto tarifas mais severas estavam em vigor.

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O estudo da BMJ, que é liderada por Welber Barral, José Pimenta e Josemar Pessoa, faz uma análise abrangente das tarifas que incorrem hoje e também de alíquotas adicionais que podem ser impostas a partir de discussões em curso com os Estados Unidos.

A perda de US$ 3 bilhões por ano reflete o impacto do tarifaço americano aos produtos brasileiros em vigor, incluindo a tarifa adicional de 40% que ainda afeta aço, alumínio, cobre, téxtil, pescado e madeira, e o risco de futuras tarifas provenientes das investigações em andamento sob a Seção 301, relacionadas a desmatamento, propriedade intelectual e sistemas de pagamento, como o Pix.

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No total, a perda mensal consolidada das exportações brasileiras atinge US$ 255,95 milhões (R$ 1,4 bilhão) ante os US$ 174,88 milhões (R$ 945 milhões) observados apenas sobre a tarifa de 40%, aponta o estudo da consultoria.

No último dia 20, houve um alívio pontual nas tarifas. A expansão de exceções anunciada pelo presidente americano Donald Trump beneficiou cerca de 13 grupos de produtos. E não foi decorrente de nenhuma providência ou ação do governo Lula. Ela ocorreu pelo fato de Trump perceber que alguns itens alimentícios eram necessários para os americanos e estavam caros.

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Entre os itens isentos da tarifa de 40% estão o café não torrado, carnes bovinas, frutas, minério de ferro e petróleo bruto. Estes produtos representam cerca de 26% do valor que estava sob a tarifa adicional de 40%.

Porém, a tarifa mantém 74% do valor das exportações brasileiras aos Estados Unidos sob regime tarifário agravado. Os setores de alto valor agregado e bens de capital são os mais atingidos.

Em termos de comparação, longo de 2024, os três principais setores tarifados hoje (aço semimanufaturado, café e ferro fundido) somaram mais de US$ 5,6 bilhões (R$ 30,26 bilhões) em exportações. Isso significa que eles representariam a maior parte da perda potencial projetada para este ano.

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SETORES QUE PERMANECEM SOB TARIFAS:

  • Máquinas e equipamentos de terraplenagem
  • Produtos eletrônicos e transformadores
  • Produtos semimanufaturados de aço
  • Aeronaves e peças aéreas (exceto bens civis)
  • Têxteis e calçados
  • Café solúvel
  • Pescados

PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

Segundo a consultoria, o setor de produtos industrializados diversos é o mais penalizado pelo tarifaço, respondendo por US$ 69,77 milhões (R$ 377 milhões) em perdas mensais (27,3% do total). Esta categoria engloba produtos como ferroligas de manganês, ferro fundido e pneus.

Outros setores duramente atingidos incluem madeira e derivados, com US$ 28,68 milhões/mês (R$ 155 milhões/mês), e aço e semimanufaturados, com US$ 27,63 milhões/mês (R$ 149,30 milhões/mês).

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No caso da madeira, afirma o estudo, a pressão é dupla, somando a tarifa de 40% com a ameaça de tarifas adicionais (15%) devido às investigações de desmatamento.

Já o setor de máquinas e equipamentos, com perda mensal de US$ 25,39 milhões (R$ 137,20 milhões), está perdendo clientes.

O estudo aponta que fornecedores como Argentina (com tarifa de 0% a 10%), Alemanha e Canadá estão ganhando competitividade em itens como “bulldozers” (tanques de guerra) e carregadoras.

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Ainda de acordo com o levantamento, o Brasil enfrenta desvantagem competitiva de 25 a 30 pontos percentuais em manufaturados, se comparado a parceiros comerciais dos Estados Unidos como Argentina, União Europeia e Reino Unido.

Para a indústria, o dado reforça a necessidade de negociação nos próximos seis meses do governo brasileiro com Trump pelo fim das tarifas, de acordo com o estudo.

A BMJ afirma que a ausência de avanço pode levar a perda estrutural anual entre US$ 3 bilhões (R$ 16,21 bilhões) e US$ 5 bilhões (R$ 27 bilhões). Mas se as negociações forem bem-sucedidas, o Brasil pode recuperar entre US$ 1,4 bilhão (R$ 7,6 bilhões) e US$ 1,6 bilhão (R$ 8,65 bilhões) anuais.

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