A operação financeira envolveu o Banco Master, o Banco de Brasília (BRB) e a empresa The Pay Soluções de Pagamentos Ltda., em um negócio de cerca de R$ 300 milhões. A The Pay, sem funcionários e com uma atendente de lanchonete como sócia, foi usada como intermediária em uma transação de cessão de créditos, levantando suspeitas de irregularidades e fachada.
Estrutura da operação
- Participantes: Banco Master, BRB e a empresa The Pay.
- Objeto: cessão de créditos e intermediação financeira.
- Valor: aproximadamente R$ 300 milhões.
- Data: fim de 2024.
A operação consistiu em transferência de carteiras de crédito entre instituições, com a The Pay aparecendo como parte central do negócio. Apesar do porte da transação, a empresa não tinha funcionários registrados e apresentava estrutura mínima, incompatível com o volume movimentado.
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Papel da The Pay
- A The Pay foi registrada como empresa de pagamentos digitais, mas não possuía quadro de pessoal, ou seja funcionários. Forneceu contatos falsos a Receita Federal e tem capital social de R$ 450 mil incompatível com a transação e não executa atividades financeiras formais.
- Uma atendente de lanchonete figurava como sócia formal, sem perfil empresarial ou capacidade financeira. A profissional está sob investigação por operar maquininhas de cartão de credito e desviar valores de clientes.
- O caso passou a ser investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.
- Dois meses depois da operação, o Banco Master recomprou os créditos que havia negociado.
- Essa discrepância foi considerada uma anomalia grave pelo BC, sugerindo que a empresa poderia ter sido usada como fachada para ocultar os verdadeiros beneficiários da operação.
Contexto da operação
- O Banco Master, instituição privada, estava em plena atividade em 2024 e participou diretamente da cessão de créditos.
- O BRB, banco público do Distrito Federal, também esteve envolvido, o que ampliou a repercussão política e institucional.
- A operação foi estruturada em um momento de fragilidade do Master, que meses depois seria colocado em liquidação extrajudicial pelo Banco Central.
Suspeitas levantadas
- Laranjagem: uso de uma sócia sem perfil empresarial para mascarar os verdadeiros responsáveis.
- Fachada: ausência de funcionários e estrutura mínima da The Pay reforçam a hipótese de empresa criada apenas para intermediar contratos.
- Governança: falhas de compliance e fiscalização em bancos públicos e privados permitiram que uma operação bilionária fosse realizada com uma empresa sem capacidade operacional. Após as investigações t
- omarem curso, dois meses depois da efetivação do negócio entre ao BRB e o Master.
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Impactos
- O episódio expôs fragilidade nos mecanismos de controle interno das instituições financeiras.
- Reforçou o debate sobre transparência e governança em operações de grande porte.
- Colocou em xeque a credibilidade do BRB e ampliou os questionamentos sobre a gestão do Banco Master.















