A primeira pesquisa realizada pelo Instituto Veritá após o anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) revelou um quadro surpreendente: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece tecnicamente empatado com o parlamentar. Lula registra 39,8% das intenções de voto, contra 39,2% de Flávio, diferença de apenas 0,6 ponto percentual — dentro da margem de erro de dois pontos. Nos votos válidos, o petista teria 50,4%, enquanto o adversário alcançaria 49,6%.
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A pesquisa do Instituto Veritá que mostrou o empate técnico entre Lula e Flávio Bolsonaro foi divulgada em 8 de dezembro de 2025.
Isso significa que foi a primeira medição oficial após o anúncio da pré-candidatura de Flávio, marcando o início da disputa com números já bastante apertados.
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Cenário de fragilidade
O resultado chama atenção porque ocorre mesmo diante das vantagens acumuladas por Lula:
- Milhões investidos em propaganda oficial e campanhas institucionais.
- Apoio de parte do Judiciário, que tem atuado em sintonia com o governo em pautas relevantes.
- Programas sociais de apelo eleitoral, como o vale-gás e benefícios emergenciais.
Apesar desse conjunto de fatores, o presidente não conseguiu abrir vantagem significativa sobre Flávio Bolsonaro, revelando um cenário de fragilidade política e um eleitorado dividido.
Insatisfação popular e risco de derrota
A pesquisa indica que Lula mantém força entre mulheres, jovens e eleitores de baixa renda, mas Flávio cresce entre homens e faixas de renda média. Essa divisão reforça a polarização e mostra que, mesmo com a máquina pública e programas sociais, o presidente quase perde para um adversário recém-lançado.
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O levantamento do Veritá sugere que Lula enfrenta dificuldades para transformar suas vantagens institucionais em liderança eleitoral sólida. A disputa de 2026 se desenha como uma das mais acirradas da história recente, com o presidente enfraquecido e vulnerável diante de novos nomes da oposição.
Resposta direta: Lula, como presidente em exercício, dispõe de vantagens significativas na disputa eleitoral: controle da máquina estatal, acesso a recursos de propaganda institucional e a implementação de programas sociais com forte apelo popular. Mesmo assim, a primeira pesquisa com Flávio Bolsonaro candidato mostrou um empate técnico, revelando fragilidade política do petista.
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Vantagens de Lula com a máquina estatal
1. Propaganda institucional e visibilidade
- O governo federal investe milhões em campanhas de comunicação, que ampliam a presença de Lula em rádio, TV e internet.
- Essa exposição contínua reforça sua imagem como chefe de Estado e garante vantagem sobre adversários que não têm acesso a recursos públicos para divulgação.
2. Programas sociais de apelo eleitoral
- Vale Gás: ampliado e redesenhado para atingir milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.
- Crédito para motociclistas e entregadores: linha de financiamento para compra de motos, mirando diretamente trabalhadores de aplicativos.
- Reforma da casa: programa de crédito para famílias de baixa renda realizarem melhorias habitacionais.
- Pacote social “Gás para Todos” e medidas voltadas à classe média e periferias: anunciados em 2025 com foco explícito em recuperar popularidade e preparar terreno para 2026.
- Outras medidas incluem isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada.
3. Apoio institucional
- Lula conta com apoio de parte do Judiciário e de setores do Congresso, o que facilita a aprovação de medidas de impacto social e econômico.
- Essa rede de sustentação política fortalece sua capacidade de usar a máquina pública em benefício da própria imagem.
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Análise
Apesar de todas essas vantagens — milhões em propaganda oficial, programas sociais de apelo imediato e apoio institucional — a primeira pesquisa Veritá mostrou Lula empatado tecnicamente com Flávio Bolsonaro. Isso sugere que:
- O eleitorado está altamente insatisfeitos com os rumos do Brasil e do Congresso Nacional sob as garras do PT e Centrão respectivamente.
- Os programas sociais, embora populares são para ganhar votos chamadas de eleitoreiras, não garantem fidelidade eleitoral automática.
- A oposição, mesmo com candidatos menos consolidados, consegue mobilizar parte significativa da população.
Lula tem a máquina estatal a seu favor, mas os números revelam que essa vantagem não se traduz em liderança sólida. O empate técnico com Flávio Bolsonaro indica que o presidente está politicamente enfraquecido, quase perdendo mesmo com todos os instrumentos de poder e propaganda em mãos.
