O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da mesa diretora da Câmara dos Deputados pela Polícia Legislativa em 9 de dezembro de 2025, após ocupar a cadeira da presidência em protesto contra a votação de sua cassação. O episódio gerou forte repercussão política e expôs tensões internas na Casa.
A noite desta terça-feira foi marcada por cenas de tensão no plenário da Câmara dos Deputados. O parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da mesa diretora por agentes da Polícia Legislativa, após se recusar a deixar a cadeira da presidência ocupada em ato de protesto.O episódio ocorreu durante a sessão que discutia seu processo de cassação, instaurado após acusação do parlamentar agredir um assessor da Casa.
Segundo relatos, Braga permaneceu por cerca de uma hora na cadeira destinada ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmando que não permitiria a votação de seu processo de cassação. Deputados da oposição, como Maria do Rosário (PT-RS), Sâmia Bomfim, sua esposa (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), tentaram impedir a retirada, mas os policiais legislativos o carregaram para fora, chegando a rasgar parte de seu terno. Diante da situação equipamentos eletrônicos e computadores foram quebrados, e mostrados em vídeos por outros parlamentares.
Contexto político
- Processo de cassação: Glauber Braga responde a processo disciplinar após episódio em que expulsou e agrediu fisicamente um assessor da Câmara.
- Histórico combativo: O deputado é conhecido por declarações duras contra adversários e militância, já tendo chamado Eduardo Cunha de “gângster”, Sérgio Moro de “juiz ladrão” e Arthur Lira de “bandido” .
- Acusações de perseguição: Braga afirmou que sua retirada foi uma forma de perseguição política e disse que fará exame de corpo de delito para comprovar agressões sofridas.
MAIS: Escândalos do STF e os vínculos com o Banco Master
- Durante o protesto, Glauber relembrou a ocupação da mesa diretora em 2025, quando apoiadores de Jair Bolsonaro realizaram um ato exigindo que o então presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cumprisse promessa feita para se eleger: pautar a votação da anistia.
- Na visão dos parlamentares manifestantes, tratava-se de um ato contra o “autoritarismo” de Motta, que não teria cumprido o acordo. Os mesmo foram denunciados por Hugo Motta e responde na Câmara pelo manifesto, correndo o risco de terem seus mandatos suspensos, por defenderem a vontade de seu eleitores.
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo faça parte da lista Vip Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News. Nosso canal no Whatsapp
LEIA: Flávio Bolsonaro reafirma pré-candidatura em entrevista e deixa claro seus objetivos, “justiça”
Repercussão imediata
- Corte da transmissão: A TV Câmara interrompeu a cobertura ao vivo durante a confusão, o que gerou críticas sobre falta de transparência. Jornalistas afirmaram que foram agredidos por segurança ao tentar cobrir a confusão com seus celulares.





















