A Suzano (SUZB3), maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, anunciou nesta quinta-feira (11) um ajuste em sua estratégia financeira, reduzindo a meta de dívida líquida em cerca de 8%, de R$ 12 bilhões para R$ 11 bilhões. A companhia também definiu um objetivo de alavancagem de até 2,5 vezes, segundo o vice-presidente financeiro, Marcos Assumpção, em apresentação a investidores.
LEIA: Brasil não está mais entre as maiores economias do mundo em 2025
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo faça parte da lista Vip Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News. Nosso canal no Whatsapp
Estratégia de desalavancagem
O plano da Suzano para reduzir o endividamento inclui:
- Venda de ativos não essenciais, como terras próximas a centros urbanos e infraestrutura logística.
- Payout mínimo de dividendos, preservando caixa.
- Programas “mais seletivos” de recompra de ações.
- Redução de investimentos em áreas não prioritárias.
A empresa encerrou setembro com alavancagem em dólares de 3,3 vezes, acima da nova meta estabelecida.
MAIS: Reprovação de Lula junto aos eleitores brasileiros chega a 52%
Ativos em análise
Assumpção destacou que a Suzano pode vender:
- Terras próximas a centros urbanos, valorizadas pelo crescimento do mercado imobiliário.
- Infraestrutura logística, incluindo três terminais portuários e ferroviários, considerados ativos que não estão refletidos no preço da ação, mas que podem gerar capital no futuro.
MAIS: Diretores do Banco Central indicados por Lula mantem taxa de juro próxima a máxima histórica em 2025
Contexto global
A decisão ocorre em meio a um cenário desafiador para a indústria de celulose:
- Ciclo de preços deprimidos.
- Alta de custos operacionais.
- Impactos das mudanças climáticas.
- Fechamentos de capacidades em mercados desenvolvidos.
Segundo Assumpção, a companhia quer estar preparada para “eventuais oportunidades” que surgirem no mercado, reforçando a necessidade de disciplina financeira.
AINDA: Fundo imobiliário comunica lucro após distrato da Caixa Econômica e reduz exposição bancária
Impacto para investidores
A estratégia de desalavancagem e possível venda de ativos pode:
- Reduzir riscos financeiros da companhia.
- Liberar capital para novas oportunidades estratégicas.
- Aumentar a atratividade da ação da Suzano no mercado, ao sinalizar maior disciplina fiscal e foco em eficiência.
A Suzano reforça sua política de austeridade ao reduzir a meta de endividamento e considerar a venda de ativos não essenciais. A medida busca preparar a empresa para enfrentar um cenário global adverso e, ao mesmo tempo, abrir espaço para novas oportunidades de crescimento.



















