Os trabalhadores dos Correios iniciaram uma greve geral por tempo indeterminado em sete estados brasileiros no dia 16 de dezembro de 2025, após assembleias realizadas em bases regionais. A paralisação atinge São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba, comprometendo a distribuição de cartas, encomendas e serviços de logística em todo o país.
Segundo os sindicatos, o movimento foi motivado pelo impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Entre as principais reivindicações estão: manutenção do adicional de férias de 70%, pagamento em dobro aos finais de semana, preservação do plano de saúde da categoria, reposição salarial pela inflação e o tradicional vale-refeição de fim de ano, apelidado de “vale-peru”.
“Estamos defendendo direitos históricos da categoria e condições dignas de trabalho”, afirmou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos.
A greve ocorre em meio a uma grave crise financeira da estatal, que acumula prejuízos bilionários e busca empréstimos com garantia do Tesouro Nacional. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi acionado para mediar as negociações entre sindicatos e a direção da empresa.
Greve dos Correios expõe rombo bilionário e abre debate sobre patrocínios e gastos extras
A greve dos trabalhadores dos Correios, iniciada em sete estados brasileiros, trouxe à tona não apenas o impasse nas negociações trabalhistas, mas também o debate sobre a gestão financeira da estatal. Em meio a um déficit bilionário e à busca por empréstimos com garantia do Tesouro Nacional, especialistas apontam que parte dos recursos da empresa ainda é destinada a patrocínios culturais, esportivos e artísticos.
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Lollapalooza Brasil → R$ 6 milhões para associar a marca ao festival.
Turnê “Tempo Rei” de Gilberto Gil → R$ 4 milhões em patrocínio.
Outros eventos culturais e esportivos, totalizando cerca de R$ 38,4 milhões em patrocínios durante o terceiro governo Lula
“É legítimo apoiar a cultura e o esporte, mas quando a empresa enfrenta dificuldades para pagar benefícios básicos aos trabalhadores, o debate sobre prioridades se torna inevitável”, avalia um economista ouvido pelo setor.
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Contraponto econômico
- Patrocínios e eventos culturais: reforçam a imagem institucional, mas consomem recursos que poderiam ser direcionados à operação logística.
- Greve e reivindicações trabalhistas: trabalhadores exigem manutenção de benefícios como plano de saúde e adicional de férias, enquanto a empresa alega falta de caixa.
- Rombo bilionário: a estatal busca empréstimos para manter suas atividades, o que intensifica a pressão por cortes em gastos considerados não essenciais.



















