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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao menos quatro vezes para tratar da situação do Banco Master, instituição controlada pelo empresário Daniel Vorcaro e posteriormente liquidada pela autoridade monetária. As informações foram reveladas pela jornalista Malu Gaspar, em O Globo.

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Até o momento, Senado na pessoa do presidente Davi Alcolumbre e a Procuradoria Geral da República indicada por Lula, se mantém em silêncio e sem busca de investigação, e afastamento do ministro, diante de inúmeros escândalos revelados sobre a família e o próprio Alexandre de Moraes.

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Os contatos

  • Três ligações telefônicas e um encontro presencial foram relatados por fontes próximas ao Banco Central.
  • Em julho de 2025, Moraes teria solicitado que Galípolo fosse ao seu encontro para discutir o andamento da operação de venda do Banco Master para o Banco de Brasília (BRB). O fato é totalmente incompatível com a função de um Ministro da Suprema Corte.
  • Pior ainda, quando sua esposa recebe salário mensal milionário do Banco Master para agir junto ao Congresso Nacional, Justiça e Banco Central, algo totalmente questionável e antiético.
  • Segundo relatos, o ministro chegou a afirmar que “gostava de Vorcaro”, numa tentativa de reforçar sua posição em defesa do empresário.

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Contexto do Banco Master

  • O Banco Master enfrentava suspeitas de irregularidades bilionárias e foi alvo de investigação do Banco Central.
  • O controlador, Daniel Vorcaro, foi preso em novembro por suspeita de fraude em uma transação de R$ 1 bilhão, sendo solto dias depois com uso de tornozeleira eletrônica.
  • Apesar das tentativas de intercessão, o Banco Central decidiu pela liquidação da instituição, reforçando a gravidade das irregularidades encontradas.

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Contrato com escritório da esposa

Outro ponto que chamou atenção foi a revelação de que o escritório de advocacia de Viviane Barci, esposa de Moraes, tinha contrato com o Banco Master avaliado em R$ 3,6 milhões mensais, com vigência de três anos. O acordo poderia render cerca de R$ 130 milhões à advogada, formada pela UNIP, sem nenhuma especialização na área.

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Repercussão política

  • A atuação de Moraes gerou preocupação entre integrantes do Banco Central e foi relatada por ministros de tribunais superiores.
  • Após a divulgação, congressistas passaram a discutir a abertura de uma CPI para investigar possíveis interferências indevidas no sistema financeiro.
  • O caso aponta grave falta de limites institucionais por parte de Moraes, e a atuação de magistrados em temas econômicos antes de judicialização. E ainda caracteriza abuso de autoridade e tráfico de influências, entre outras irregularidades segundo especialistas.

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O episódio expõe uma delicada intersecção entre poder Judiciário, sistema financeiro e política. A tentativa de interferir em favor de uma instituição sob investigação, somada ao contrato milionário com o escritório da esposa, amplia o debate sobre conflito de interesses e transparência institucional.

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