Maior número de pedidos de demissão dos últimos meses

Pedido de seguro-desemprego tem queda
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Maior número de pedidos de demissão dos últimos meses. Em meio a uma já anunciada crise econômica global o Brasil te apresentado números cada vez menores de desemprego.

Entretanto, um cenário curioso vem ocorrendo no país. O Brasil bateu recorde de pedidos de demissão nos últimos 12 meses, apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilados pela LCA Consultores.

Foram 6.175.088 pedidos de demissão, de trabalhadores com carteira assinada, entre junho de 2021 e maio de 2022 — mais que os 5.980.401 acumulados até abril e que o recorde anterior, de 5.838.788 pedidos em março de 2014 (veja mais abaixo sobre a série histórica).

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Em contrapartida, apenas em maio foram criados 277.018 empregos formais, uma forte alta em relação a abril (196.966) e um resultado muito acima da expectativa do mercado (192.750). Isso mesmo com 572.364 demissões “a pedido”, o segundo maior valor da série histórica (o recorde é de março deste ano: 603.136 pedidos).

Desta forma, com o Caged de maio, o país ampliou a criação de vagas de trabalho formal em 2022 para 1.047.611 novos empregos com carteira assinada e total de brasileiros com regime de trabalho CLT para 41.729.858.

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Contudo, de acordo com o levantamento, a LCA Consultores responsável pelo levantamento, diz que os pedidos voluntários de demissão (feito pelos próprios trabalhadores) podem ser explicados por dois motivos. O primeiro deles é o início do processo de normalização do mercado de trabalho. Sendo que muitas pessoas aceitaram empregos com remuneração menor durante os dois anos de pandemia e agora voltam para posições mais condizentes com suas habilidades.
E ainda, a volta ao trabalho presencial em muitas empresas é a outra causa. sendo que muitos trabalhadores repensaram sobre as relações de trabalho após a experiência do home office (eles não querem gastar mais tempo com deslocamento, trânsito, transporte público, etc).

No entanto, o fenômeno já se configurou anteriormente nos Estados Unidos. Os trabalhadores que estavam insatisfeitos no emprego em 2020 preferiram continuar com a segurança de um holerite mensal a enfrentar o desconhecido. Passado o que se imagina ser o momento mais crítico do embate com o coronavírus, esses profissionais decidiram pedir demissão.

É nesse panorama que surge o movimento conhecido como Great Resignation (Big Quit ou Great Reshuffle também são usados), que pode ser traduzido como a “Grande Debandada” ou a Grande Renúncia, em uma tradução livre para o português.

Independentemente, das novas necessidades dos funcionários o mercado de trabalho e as empresas estão em transformação. É possível também que a crise econômica global que se configura bem como as novas tecnologias que tem substituído a mão de obras humana em diversos setores façam as pessoas repensarem suas exigências profissionais. Fato que tem ocorrido com uamgeração que acredita no imediatismo e no “tudo para ontem”.

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