Lucro da Suzano recua 98% empresa aprova recompra de ações

Lucro da Suzano vem dentro do esperado em R$ 1,4 bilhões
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Lucro da Suzano recua 98% empresa aprova recompra de ações. A Suzano (SUZB3) registrou um lucro de R$ 182 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), informou a companhia de papel e celulose nesta quarta-feira (27). O número representa um recuo de 98% na comparação com o mesmo período do ano passado.

E ainda, accompanhia anunciou mais um programa de recompra de ações após ter tido uma “significativa evolução das recompras” de um programa aprovado em maio. Desta vez, a operação envolve até 20 milhões de ações, ou 2,8% do total em circulação, e o prazo será de 18 meses.

Contudo, a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, a Suzano também elevou a projeção de investimentos em 2022, dos R$ 13,6 bilhões divulgados no final do ano passado para R$ 16,1 bilhões.

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O crescimento na expectativa de dispêndios decorre de compra de ativos florestais por R$ 2 bilhões e antecipação de gastos com manutenção, “visando maior eficiência financeira”, afirmou a companhia.

E assim, sobre o resultado apresentado a receita líquida da Suzano cresceu 17% no ano, para R$ 11,5 bilhões. O Ebtida ajustado da companhia ficou em R$ 6,3 bilhões, alta de 6% na mesma base.

Por outro lado, a projeção da Refinitiv a partir de consenso de analistas de mercado era de um lucro de R$ 1,227 bilhão (queda de 88% na base anual), mas com avanço da receita de 8,23%, para R$ 10,65 bilhões. Para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), a projeção era de R$ 5,693 bilhões, queda de 17,5% na base anual, mas avanço de 11,3% frente o 1T22.

Sendo que, segundo relatório no segmento de papel, as vendas saltaram 11% no ano, chegando a 231 mil toneladas, e a receita, 44%, para R$ 2,01 bilhões.

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Considerando que, o volume de venda de celulose cresceu 5% no ano, para 2,6 milhões de toneladas, e a receita desta frente cresceu 19% na mesma base, para R$ 9,5 bilhões. O preço médio da commodity subiu 15% na mesma base, para US$ 726 a tonelada.

Do outro lado, porém, o custo da caixa ficou em US$ 854, subindo 26% na comparação com o 1T21 – apesar de ter recuado 2% na base sequencial. “A elevação do custo de madeira é explicada principalmente por impacto do maior raio médio no trimestre e pelo aumento no preço do Brent, o qual afeta tanto as operações de colheita quanto transporte”, explicou a Suzano.

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O Ebitda ajustado da frente de celulose ficou em R$ 5,6 bilhões, alta de 2% no ano e de 23% no trimestre. O número foi impulsionado pelo maior preço da celulose e pelo volume de vendas mas, do outro lado, foi parcialmente compensado pela valorização do real frente ao dólar, que aumentou os gastos da companhia.

Desta forma, “o segundo trimestre do ano continuou sendo marcado por demanda positiva e pela combinação de diversos fatores não programados e dificuldades logísticas que afetaram a oferta de celulose e sustentaram o aumento nos preços da fibra curta”, comenta a companhia no documento.

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Entretanto, a companhia explicou que suas despesas financeiras saltaram 8% no ano, por conta da alta dos juros na moeda nacional. Além disso, os resultados financeiros também foram impactados pela desvalorização do real frente ao dólar, de 11%, que impulsionou a dívida em moeda estrangeira, o que subtraiu R$ 4,4 bilhões do resultado.

Com isto, apesar da alta da receita e do lucro operacional nas duas frentes de negócio, a Suzano teve o seu lucro líquido impactado negativamente pelo seu resultado financeiro, negativo em R$ 6,9 bilhões – ante saldo positivo de R$ 12,9 bilhões do 1T21.

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