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General Dias ordenou retirada de seu nome de relatório. A informação foi confirmada na CPMI de 08 de janeiro. Desta forma, o General Dias teria dito que não era o destinatário oficial dos alertas de segurança durante seu depoimento à CPMI do 8 de janeiro.

Contudo, nesta terça-feira 01, Saulo Moura Cunha, ex-diretor da ABIN, admitiu que a adulterou o relatório do órgão de inteligência a pedido do então, Ministro do GSI, General Gonçalves Dias.

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Inicialmente Saulo Dimas disse que não adulterou nenhum documento, mas depois explicou o pedido que G. Dias lhe fez.

Ele fez dois relatórios, explicou que primeiro fez uma planilha que continha os alertas enviados ao grupo de mensagem, “todos os alertas que encaminhei do meu celular pessoal ao Ministro Gonçalves Dias, entreguei essa planilha ao ministro e ele pediu que tirasse o nome dele do documento, pois ele não era o destinatário oficial daquelas mensagens”, afirmou.

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“Eu obedeci a ordem dele, temos o artigo 9º da Abin que prevê que o ministro é quem decide quais informações serão enviadas”.

Conforme informações do jornal O Globo, a comparação entre os dois relatórios da Abin mostrou que o GSI adulterou o primeiro relatório de inteligência enviado a uma comissão do Congresso.

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A fraude seria para retirar dos documentos os registros de que G. Dias foi alertado por mensagens enviadas ao seu celular sobre os crescentes riscos de tumulto e de invasões na Praça dos Três Poderes.

Contudo, G Dias em depoimento na CPMI de 08 de Janeiro negou a autoria da fraude e jogou a responsabilidade para o então responsável da Abin.

“Não fraudei nenhum documento”, disse o general Dias. “A Abin respondeu à solicitação do Congresso com um compilado de mensagens de aplicativo, em que tinha dia e tempo, na coluna do meio o acontecido e na última coluna a difusão. Esse documento tinha lá ‘ministro do GSI’. Não participei de nenhum grupo de whatsApp, eu nao sou o difusor daquele compilado de mensagens. Então aquele documento não condizia com a realidade. Esse era um documento, foi acertado e enviado”.

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Depois da declaração de Saulo, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse que ele tem responsabilidade na adulteração do relatório, pois acatou o pedido de G.Dias.

Em março deste ano, ele foi exonerado, pois o novo comandante da Abin foi aprovado durante sabatina no Senado. Em abril, ele assumiu o posto de chefe da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do GSI, mas foi dispensado em 2 de junho.

O ex-Abin é alvo de cinco requerimentos na comissão. Ele comandava o órgão de inteligência no dia que vândalos invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto em Brasília.

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