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O banco Morgan Stanley (NYSE:MS) rebaixou a recomendação para ações mexicanas e brasileiras para underweight (abaixo do peso, equivalente à venda), considerando preocupações fiscais para o cenário local, de acordo com relatório divulgado a clientes e ao mercado neste domingo, 17 de novembro.

“Valuations baratos não são o suficiente”, argumenta em relatório com o título “2025 à frente: dor primeiro, então (talvez) ganhos”.

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Os modelos de crescimento baseados em consumo discricionário brasileiro e cíclicos domésticos precisam mudar, de acordo com o banco. “Durante décadas, o Brasil evitou o fracasso ao mesmo tempo que continua a registar um desempenho fiscal inferior”, avalia o banco, citando novamente o cenário fiscal como fator que leva à visão negativa.

O Brasil teria maior risco-recompensa da região, com beta abaixo de 1, levando a uma carteira muito conservadora no país. “O Brasil tem um amplo risco-recompensa – e ainda há argumentos otimistas se o investimento aumentar”, concluem os analistas Nikolaj Lippmann, Juan Ayala, Julia Nogueira, Cristina Arbelaez e Nicolas Eterovic.

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O chamado Texas Trade, incluindo energia, agricultura, tecnologia e desregulamentação seria impulsionador da estratégia no Brasil e na Argentina. O banco tem overweight (excesso de peso, equivalente à compra) para ações na região andina, adicionando dois nomes argentinos ao portfólio, além de Chile, Peru e Colômbia.

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O que tornaria a visão do MS mais favorável?

Um bull case para o Brasil seria um pouso suave no modelo de crescimento tendo gastos do governo e consumo como drivers, levando a um reequilíbrio para maior investimento e exportações.

As taxas de juros precisam cair no Brasil e o mercado precisa de se libertar dos riscos associados ao domínio fiscal”, destaca o banco. Enquanto isso, um bear case estaria associado a uma aterrisagem brusca nos lucros e dominância fiscal. No momento, as políticas sugerem alto risco do cenário mais pessimista.

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O banco reforça que medidas de austeridade fiscal no Brasil e alinhamento de políticas mexicanas com as americanas tornariam as perspectivas de seus analistas para as teses dos países, ambos underweight, mais favoráveis.

“No México, acrescentaríamos que também procuramos uma maior confiança no quadro institucional versus populismo, bem como transformar o risco comercial em oportunidades comerciais. A oportunidade do México reside na consolidação do seu papel como amortecedor dos EUA vs. China, em vez de uma ponte usada pela China”, completa o MS.

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