As ações da Gol (GOLL4) operavam entre as maiores altas da B3 nesta quinta-feira (15), com salto de mais de 13% na primeira hora do pregão.
Por volta de 11h10 (horário de Brasília), GOLL4 subia 11%, a R$ 1,04. Logo após a abertura das negociações, o papel registrou máxima intradia com avanço de 13,98%.
A disparada repercute os números do balanço do primeiro trimestre (1T25) da empresa, divulgados hoje (15) pela manhã.
A Gol, em recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11), teve lucro líquido de R$ 1,37 bilhão no 1T25, uma queda de 63,7% em relação aos R$ 3,78 bilhões apurados no mesmo período de 2024.
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Em termos ajustados e recorrentes, o lucro da empresa subiu 43,6% no primeiro trimestre na comparação anual, para R$1,65 bilhão.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,23 bilhão, um recuo de 0,2% em relação ao 1T24. No critério ajustado, o Ebitda somou R$ 1,54 bilhão, alta de 17,4% na base anual.
Já a oferta da Gol, medida por assentos-quilômetro oferecidos (ASK), registrou alta de 12% no 1T25 em relação ao mesmo período do ano anterior.
O custo operacional por assento disponível por quilômetro (CASK) total da Gol cresceu 11,6% entre janeiro e março na base anual, para 39,7 centavos de real. Já o CASK ex-combustível registrou alta de 17,6% na mesma base comparativa, atingindo 27 centavos de real.
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O BTG Pactual afirmou que os números do 1T25 da Gol surpreenderam positivamente, mostrando tendências de receita e lucro líquido melhores que o esperado. No entanto, o processo de recuperação judicial e a variação cambial no período “poluíram” o balanço, na visão do banco.
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Em relatório, os analistas também destacaram a queda no nível de endividamento da companhia entre janeiro e março deste ano. A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida sobre o Ebitda, encerrou o primeiro trimestre em 5,8 vezes ante 6,3 vezes no quarto trimestre de 2024.
Apesar da avaliação positiva, o banco reiterou a recomendação de venda para GOLL4, com preço-alvo de R$ 1 — o que representa um potencial de valorização de 7,5% sobre o preço de fechamento anterior.
Aumento de capital
Na última sexta-feira (9), a Gol anunciou que um novo aumento de capital entre R$ 5,34 bilhões e R$ 19,25 bilhões foi aprovado pelo conselho de administração.
Na avaliação do BTG Pactual, a operação representa uma diluição substancial para os acionistas atuais. Os analistas, porém, ressaltaram que a Gol já afirmou ue o aumento de capital é um passo fundamental para permitir a conversão de dívida em patrimônio líquido.