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Ações das Casas Bahia caem mais de 12%, após convocar assembleias para possível conversão de dívidas em ações

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Movimento envolve a 10ª emissão de debêntures e pode incluir conversão em ações; aumento de capital de até R$13,25 bilhões dá flexibilidade para reduzir alavancagem e destravar crescimento.

A Casas Bahia (BOV:BHIA3) deu mais um passo decisivo na reestruturação de sua dívida ao convocar debenturistas da 10ª emissão para uma assembleia em 17 de dezembro, quando será votado um amplo processo de reperfilamento dos títulos, incluindo a possibilidade de conversão de debêntures em ações. Paralelamente, o conselho aprovou convocação de uma assembleia geral extraordinária para deliberar sobre um aumento de capital de até R$13,25 bilhões, medida vista como essencial para dar flexibilidade financeira em meio ao avanço das negociações com credores e potenciais investidores.

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O movimento reforça a estratégia da varejista de acelerar o reequilíbrio da estrutura de capital, após um terceiro trimestre pressionado e prejuízo líquido de R$496 milhões. O plano tem potencial de transformar profundamente a companhia, zerando a dívida, aliviando o balanço e destravando capacidade de investimento — segundo fonte próxima às discussões. Com o setor de varejo ainda fragilizado pelo crédito caro e competição intensa, a empresa busca uma virada de chave estrutural.

As discussões incluem todas as três séries da 10ª emissão de debêntures — sendo as séries 1 e 3 simples e não conversíveis, enquanto a série 2 já prevê conversão em ações.

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A procura de assets interessadas em participar de operações semelhantes à que levou a Mapa Capital a se tornar a maior acionista reforça a percepção de que o movimento pode atrair novos investidores. Mapa converteu R$1,40 bilhão da série 2 após acordo com Bradesco e Banco do Brasil, que seguem relevantes na série 1. A série 3 tem presença forte de assets, incluindo a Santander Asset.

A Casas Bahia afirma que, até o momento, não há instrumentos vinculantes assinados, mas confirma negociações ativas com interessados.

Durante o balanço do terceiro trimestre, o CFO Elcio Ito destacou que a companhia já trabalhava em “iniciativas estruturantes para melhorar o perfil de capital e reduzir a alavancagem”. Segundo ele, a melhoria do balanço é prioridade absoluta para viabilizar o crescimento sustentável.

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As ações BHIA3 fecharam em alta de 6,84%, cotadas a R$4,06, após abrirem o dia a R$3,80, com mínima de R$3,63 e máxima de R$4,17. Foi o terceiro pregão consecutivo de forte valorização, acumulando +34% desde a conversão envolvendo a Mapa Capital. O mercado deve acompanhar com atenção os desdobramentos das assembleias de dezembro, já que o pacote proposto tem potencial de alterar profundamente o valor de mercado da empresa.

O Grupo Casas Bahia SA (BHIA3) é um dos maiores varejistas do Brasil, com atuação nacional em eletrodomésticos, eletroeletrônicos, tecnologia e itens para o lar. Enfrenta concorrência de players como Magazine Luiza (BOV:MGLU3), Mercado Livre (NASDAQ:MELI) e Amazon (NASDAQ:AMZN), em um ambiente desafiador marcado por margens apertadas e forte digitalização.

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As ações da Casas Bahia (BHIA3) recuavam mais de 12% nesta quarta-feira, após a companhia convocar assembleias de acionistas e debenturistas para deliberar sobre o aumento do capital autorizado e o reperfilamento de dívidas — movimento que inclui a possibilidade de converter debêntures em ações.

No balanço do terceiro trimestre, quando reportou prejuízo líquido de R$ 496 milhões pressionado pelo custo financeiro, o vice-presidente financeiro, Elcio Ito, já havia adiantado que a empresa trabalhava em iniciativas para fortalecer sua estrutura de capital.

A assembleia de debenturistas marcada para 17 de dezembro tratará dos títulos da 10ª emissão, enquanto a AGE, no mesmo dia, avaliará um aumento de capital de até R$ 13,25 bilhões. Segundo analistas do Safra, a proposta de reperfilamento “agressiva” deixa clara a intenção da companhia de renegociar condições da dívida, incluindo a possível conversão em ações, especialmente considerando o pedido de ampliação do capital autorizado. Trata-se de uma dívida de R$ 3 bilhões.

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Os analistas destacam que a medida tende a ser positiva para reforçar o balanço, mas pode resultar em diluição relevante caso a conversão se concretize.

Em agosto, a Mapa Capital tornou-se a maior acionista da varejista ao converter R$ 1,40 bilhão em debêntures da série 2 da 10ª emissão, após acordo com Bradesco e Banco do Brasil, que eram os detentores dos títulos.

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Desde então, segundo uma fonte próxima às negociações, a empresa passou a ser procurada por outras gestoras interessadas em operações semelhantes. O aumento de capital, nesse contexto, daria mais flexibilidade ao conselho, já que uma conversão de dívida em grande escala exigiria oferecer as mesmas condições aos demais acionistas.

Por volta das 11h, BHIA3 caía 12,07%, cotada a R$ 3,57. Na véspera, os papéis haviam subido 6,84%, fechando o terceiro pregão seguido de forte valorização — após altas de 11,11% na segunda-feira e 4,27% na sexta-feira.

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