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ADRs do Bradesco caem 10% após resultado. Se o resultado do terceiro trimestre de 2022 (3T22) Santander Brasil (SANB11) divulgado no fim de setembro já tinha decepcionado os investidores, os números apresentados pelo Bradesco (BBDC4) na noite da véspera seguiram a tendência, com dados que decepcionaram o consenso do mercado e levaram a novas revisões de recomendações para baixo.

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Isso em um contexto em que as projeções para o segundo maior banco privado do país já tinham sido reduzidas com uma visão de piora da qualidade do crédito, o que suscitou revisões de recomendação para BBDC4 no mês passado pelo JPMorgan e pelo Itaú BBA.

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Na noite da última terça-feira (8), o Bradesco reportou uma queda surpreendente no lucro do terceiro trimestre, com rápida piora na qualidade da carteira de crédito levando a ampliar as provisões para perdas esperadas com calotes, cenário que deve durar até 2023.

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Após o resultado, o Credit Suisse fez um duplo rebaixamento de recomendação para as ações BBDC4, de outperform (desempenho acima da média do mercado) para underperform (desempenho abaixo da média do mercado), enquanto reduziu o seu preço-alvo de doze meses para BBDC4 de R$ 23 para R$ 19.

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O Itaú BBA também destacou que o balanço foi “muito mais fraco” do que o previsto em diversos pontos, com um lucro líquido bem abaixo da estimativa já conservadora do banco de R$ 6,5 bilhões. As decepções já começaram com a receita, em queda de 2% na base de comparação trimestral, enquanto as despesas com custos de crédito foram o maior destaque negativo.

Os analistas destacam que o ROE de 13% é o menor visto para o Bradesco em muito tempo e provavelmente “não há solução rápida” para a retomada da rentabilidade. O BBA lembra que o recente rebaixamento de recomendação dos ativos, em outubro, foi feito também de forma a refletir a piora na qualidade do crédito e na dificuldade na melhora do NII. Assim, após o resultado, reforçam recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 21 para 2022.

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