Patrocinado

A S&P Global Ratings avalia que o governo Lula tem enviado sinais “mistos” em relação ao compromisso com o arcabouço fiscal, embora as regras em vigor mantenham algum grau de equilíbrio nas contas públicas. No comunicado em que anunciou a elevação da nota de crédito do País de BB- para BB, a agência lembrou que a gestão Lula reforçou repetidamente a intenção de evitar, ao máximo, o corte de gastos. “Como resultado, o governo depende principalmente de medidas de receitas tributárias para cumprir as suas metas fiscais”, destaca.

MAIS: TCU e MP consideram acordo de irmãos Batista com o governo Lula irregular

Medidas de curto prazo, como o voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), têm efeitos mais imprevisíveis, porque os contribuintes podem buscar alternativas legais, segundo a S&P. Já a taxação das offshores e dos fundos exclusivos devem se traduzir em um ganho de receita pontual, acrescenta.
A agência projeta um déficit geral, em média, de 6,2% do PIB entre 2023 e 2026, diante dos desafios gerados por promessas eleitorais, altos custos de juros, níveis baixos de gastos discricionários e um sucesso apenas gradual das medidas tributárias de aumento da arrecadação.

LEIA: Lula promulga a Reforma Tributária no Congresso sob gritos de “o ladrão chegou”

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.  Clique aqu
i. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.

SAIBA: Fraude e desvios de quase R$ 10 milhões do Sebrae estão sob investigação

No caso do PIB, a estimativa é de um crescimento de 3% em 2023, resultado que desaceleraria para 1,5% em 2024, e voltaria a subir para 2% em 2025 e 2026. A agência afirma que, apesar de a perspectiva de crescimento nacional seguir melhorando, ela ainda se mantém em nível muito fraco, o que comprime o rating de crédito brasileiro.

MAIS: Lula em 11 meses de governo teve recorde milionário de gastos com móveis e decoração doméstica

Em junho deste ano, a S&P Global já havia revisado a perspectiva da então nota de crédito BB- do Brasil, de estável para positiva. Na ocasião, a agência disse que o cenário refletia uma certeza maior de que uma política monetária e fiscal estável podia beneficiar “as perspectivas ainda baixas de PIB do Brasil”. Com a mudança, o País voltou, naquele mês, a ter a mesma classificação que tinha em 2019.

No mês seguinte, a Fitch, outra agência internacional de risco, elevou o rating soberano do País de BB- para BB, com perspectiva estável. Segundo a agência, a mudança refletia “um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado”, em meio a “choques sucessivos em anos recentes”, com políticas proativas e reformas econômicas.

VEJA: Haddad na corrida para aumentar arrecadação e cumprir a promessa de ano novo

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada