A agência de classificação de riscos Moody’s pontuou nesta quarta-feira que a economia brasileira está com uma “solidez fiscal fraca” e “sensível” devido ao alto endividamento do país e pouca capacidade para quitar os débitos.
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O comunicado disse ainda que o peso da dívida deve aumentar em 2024-25 até que possa iniciar uma estabilidade ao longo dos anos.
O índice atual do Brasil é Ba2, o que indica um risco maior para investimentos estrangeiros. O grau de investimento brasileiro é o mesmo desde 2016. “A classificação Ba2 reflete uma solidez fiscal ainda relativamente fraca, dada a rigidez dos gastos do Brasil, o elevado peso da dívida e a fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros”, escreveu sobre o Brasil. A nota é utilizada por investidores para avaliar a seguridade de aplicações financeiras em países. Se baixa, indica que o risco é maior. Ou seja, pode ter juros mais altos.
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Agência altera a perspectiva de estável para positiva
Apesar de ter mantido a nota brasileira em Ba2, a Moody’s mudou a perspectiva da avaliação de “estável” para “positiva”. Segundo o Tesouro Nacional, essa decisão é a 1ª movimentação da Moody’s desde 2018, quando houve a mudança de perspectiva de negativa após Dilma (PT) para estável. Segundo o órgão, a nova mudança “reforça a melhoria na trajetória da nota de crédito verificada desde 2023”, com a elevação do rating pela Standard & Poor’s e pela Fitch. As 3 instituições compõem as agências de riscos mais conceituadas do mercado, entretanto, são órgãos comerciais e interesses podem influenciar.
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O grau de investimento funciona como um atestado de que os países não correm risco de dar calote na dívida pública. Abaixo dessa categoria, está o grau especulativo, cuja probabilidade de deixar de pagar a dívida pública sobe à medida que a nota diminui.
As notas de crédito servem como referência para os juros dos títulos públicos, que representam o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores. Nas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a revisão da Moody’s é o reconhecimento da mudança da melhora das perspectivas econômicas brasileiras.