A semana de 8 a 14 de dezembro de 2025 começa com forte volatilidade nos mercados brasileiros. O anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026, com aval do pai Jair Bolsonaro, provocou uma reação imediata e negativa nos donos do dinheiro no Brasil que tem conseguido lucros recordes na gestão Lula e não foi assim na de Bolsonaro. O Ibovespa despencou 4,31% em 5 de dezembro, enquanto o dólar disparou mais de 2%, refletindo a percepção de risco político e institucional.
Impacto direto nos ativos
- Ibovespa: queda para 157.369 pontos, maior recuo intradiário desde 2021.
- Dólar: valorização para R$ 5,43, maior nível em quase dois meses.
- Títulos públicos: aumento dos prêmios de risco, sinalizando maior aversão dos investidores.
Por que o mercado reagiu mal
Mercado é alinhado ao centro históricamente: Flávio Bolsonaro é visto como quem vai seguir a linha de Bolsonaro o que é contra os interesses do mercado, por esta razão apoiaram Lula em 2022, o centro não tinha candidato forte, mas Simone Tebet e Alckmin representaram o Centro unidos a Lula.
Contraste com Tarcísio de Freitas: o governador de São Paulo é considerado mais “market friendly”, na linguagem do mercado, ele é de partido de Centro e tem Kassab próximo, que é um representante indireto do que o mercado quer.
Preferência por pragmatismo: o mercado busca retomar a força do Centrão no Brasil, mais alinhado a seus interesses, e diante da força da família Bolsonaro busca alianças estratégicas para predominar.
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Brasil fora do top 10 das maiores economias
O cenário político se soma a um dado importante da gestão Lula: segundo a Austin Rating, o Brasil caiu para a 11ª posição entre as maiores economias do mundo, com PIB estimado em US$ 2,25 trilhões. Foi ultrapassado por Rússia e Canadá, impulsionados por valorização cambial e crescimento mais acelerado.
Essa perda de posição reforça a percepção de que o país precisa avançar em reformas estruturais e melhorar sua produtividade para recuperar espaço no cenário global.
Agenda internacional
Nos Estados Unidos, a semana será marcada pela reunião do Federal Reserve (FOMC) e divulgação do CPI e PPI, indicadores que podem mexer fortemente com os mercados globais. Qualquer sinal de manutenção ou corte de juros terá impacto direto sobre o dólar e os fluxos de capital para emergentes como o Brasil.
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- O Brasil enfrenta uma combinação de pressão política interna e desafios econômicos externos.
- A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro adiciona volatilidade e reforça a aversão ao risco.
- O mercado sinaliza preferência por nomes como Tarcísio de Freitas, que unem pragmatismo político e credibilidade técnica.
- A saída do Brasil do top 10 das maiores economias é um alerta: sem reformas e estabilidade, o país perde influência internacional e atratividade para investimentos.





















