A atividade política não fica atrás, seja no Brasil ou no exterior. Um dos destaques nacionais fica por conta do retorno das atividades do Congresso, em Brasília, com a eleição à presidência e as mesas diretoras da Câmara e Senado Federais já no sábado, 1º de fevereiro. No decorrer da semana, será a vez da escolha das Comissões das duas Casas, além da expectativa de votação do Orçamento de 2025 e a apreciação dos vetos presidenciais.
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Além disso, o governo federal deve se movimentar para a reforma ministerial, abrindo espaço para políticos do Centrão na Esplanada dos Ministérios, entre os quais Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente ex-presidentes da Câmara e do Senado.
O retorno de deputados e senadores de suas bases a Brasília será um termômetro da popularidade do presidente Lula e eventuais dificuldades na votação de pautas favoráveis ao governo podem ser novos indicativos de que a popularidade do presidente tenha continuado a queda indicada pela última pesquisa Genial/Quest, na qual apontou, pela primeira, um percentual maior para desaprovação do que aprovação ao governo.
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Outro destaque no Brasil é a divulgação da ata do Copom na terça-feira (4). Apesar da decisão da elevação da taxa Selic de 12,25% para 13,25% ter sido esperada devido à orientação dada na reunião anterior, os investidores vão avaliar a profundidade da mudança do conteúdo do comunicado referentes aos novos fatores de baixa no balanço de risco – embora com reconhecimento de que ele esteja assimétrico favoravelmente para os fatores altistas -e em relação ao parágrafo sobre o fiscal, considerado dovish.
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Na quarta-feira (5), a produção industrial brasileira abre a temporada dos dados de atividade econômica do último mês do ano. Os economistas vão avaliar se a tendência de desaceleração continuou em dezembro. Os dados do mercado de trabalho do mês, divulgados na última semana, apontam para um esfriamento na economia, com o Caged apontando fechamento líquido de vagas formais e a taxa de desemprego ter tido subido ligeiramente para 6,2%, ambos piores do que o esperado, embora em um patamar que coloque o mercado de trabalho ainda em um nível apertado, ou seja, com pressão inflacionária.
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Na sexta-feira, será a vez do IPCA de janeiro, a inflação oficial do Brasil. Após o IPCA-15, prévia da inflação de janeiro, ter vindo acima do esperado, os economistas vão monitorar se o nível de preços no mês pode vir novamente com uma surpresa altista.
No exterior, as consequências da promessa da vigência de tarifas de 25% dos produtos importados dos vizinhos México e Canadá já no sábado, conforme anunciado pelo presidente Donald Trump, vão ser monitoradas, especialmente se novos anúncios de taxação podem ser anunciados, especialmente contra a China, ao longo da semana.
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Na agenda econômica, a semana é recheada com discursos dos funcionários do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Ao longo da semana, serão divulgados os dados de janeiro do mercado de trabalho, com a expectativa maior para a taxa de desemprego e a geração de empregos apontados pelo número de folha de pagamentos não-agrícolas (payroll).
No cenário corporativo, a temporada de balanços no Brasil começa com os grandes bancos Itaú, Santander Brasil (BVMF:SANB11) e Bradesco (BVMF:BBDC4). Nos EUA, os destaques são Amazon e Alphabet (NASDAQ:GOOGL), proprietária do Google.