Balanços de bancos e da Petrobras devem estar no foco dos investidores na próxima semana, com destaque ainda para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que definiu o patamar de juros no Brasil e divulgação do indicador de inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“A decisão de manutenção de juros pelo Copom na reunião de julho teve nuances interessantes e que devem ser mais amplamente debatidas na ata. Atenção especial para os efeitos da desvalorização cambial sobre a inflação (agora incluído no balanço de riscos do Banco Central). Além disso, o IPCA de julho deve mostrar aceleração, puxado pelo aumento dos combustíveis nas distribuidoras”, aponta Leonardo Costa, economista do ASA.
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A semana inicia com divulgação do Boletim Focus na segunda, com projeções de indicadores macroeconômicos estimados por especialistas consultados pelo Banco Central, além dos Índices Gerentes de Compras (PMI) Composto e do Setor de Serviços da S&P Global.
Na terça, o BC apresenta a ata da sua última reunião de política monetária, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por manter a taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) em 10,5%. Além disso, produção e vendas de veículos e balança comercial entram na pauta no mesmo dia.
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Analistas acreditam que a ata deve ter um tom mais duro do que o comunicado. “O investidor deve se perguntar ao lê-la: há elementos suficientes para que o Copom eleve a taxa Selic em setembro ou até o fim de 2024?”, afirmam.
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) será relevado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta, mas o destaque fica por conta da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na sexta, apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O banco UBS entende que o mês vai trazer os efeitos remanescentes dos últimos aumentos de preços em preços da gasolina e energia. “Em outra direção, a deflação dos produtos alimentares poderá reduzir a impressão de Julho”, aponta em relatório.
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Calendários de balanço no Brasil
Bradesco (BBDC4) e BB Seguridade (BBSE3) apresentam indicadores referentes ao segundo trimestre deste ano na segunda, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4), Iguatemi (IGTA3) e Prio (PRIO3) na terça. Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Banco Inter, C&A (CEAB3) Modas e Braskem (BRKM5) apresentam dados trimestrais na quarta. Na quinta, destaque para Petrobras (BVMF:PETR4), B3 (B3SA3), Magazine Luiza (MGLU3), Sabesp (SBSP3) e Embraer (EMBR3). A agenda da semana que vem completa referente às ações brasileiras pode ser encontrada aqui.
Resultados de empresas internacionais
Berkshire Hathaway (NYSE:BRKa) apresenta os dados trimestrais neste final de semana, no sábado. Uber (NYSE:UBER) e Airbnb (NASDAQ:ABNB) são destaques na terça, Walt Disney (NYSE:DIS) e Warner Bros Discovery (NASDAQ:WBD) na quarta, e Paramount Global (NASDAQ:PARA) na quinta.
O Japão divulga PMI de Serviços no domingo, além da ata da sua última reunião de política monetária, que deve indicar como os dirigentes do Bank of Japan (BoJ) avaliam o ciclo de alta de juros para o controle inflacionário.
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“A elevação da taxa de juros no Japão acabou levando à desvalorização do real devido ao encerramento de operações de carry trade por investidores estrangeiros, que aproveitavam os juros baixos na economia asiática para aplicar em países, como o Brasil, onde os juros são maiores. Com a alta de juros no Japão, as operações passam a ter prejuízo e, com isso, são encerradas, impactando na cotação do dólar ante o real”, explicam analistas.
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A China apresenta PMI de Serviços na mesma data, abrindo a semana no cenário externo. A segunda será de PMIs na Zona do Euro, EUA e Reino Unido, preços ao produtor na Europa e dados de atividade empresarial não manufatureira no mercado americano. Na terça, mais PMIs na Europa e Reino Unido, vendas no varejo na Zona do Euro e balança comercial nos EUA.
Dados de exportação e importação chineses serão relevados na quarta, enquanto preços ao produtor e consumidor chineses, e pedidos de seguro-desemprego e vendas no atacado nos EUA saem na quinta.
