O mercado imobiliário tem passado por uma alta relâmpago nos últimos tempos. O preço do aluguel tem subido muito no Brasil. O Índice FipeZap de locação residencial apontou que, em agosto, o valor do aluguel registrou alta de 0,88%, em média, nas 36 cidades monitoradas pelo levantamento, incluindo 22 capitais.
Apesar da desaceleração ante julho deste ano, quando houve aumento de 1,12%, os preços acumulam alta de 10,18% no ano, percentual bem acima da inflação medida pelo IPCA, o índice oficial, de 2,85%.
A variação também é acentuadamente superior ao IGP-M, indicador que tradicionalmente é utilizado para o reajuste dos contratos de aluguel, que é de 2%.
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Nos últimos 12 meses, ainda de acordo com o Índice FipeZAP, o aluguel residencial acumula uma valorização de 14,6%. No mesmo período, o IPCA foi de 4,24% e o IGP-M, de 4,26%.
A variação do preço dos aluguéis de imóveis residenciais em todo o Brasil tem sido muito acima da inflação que já está alta. Por exemplo, Porto Alegre quase 19%, Salvador na Bahia quase 19%, São Paulo 8%, Rio 6%.
Já em Campo Grande no Mato Grosso do Sul, 31%. Em Ribeirão Preto subiu, 12% em 2024 e o ano ainda não acabou.
Quais foram aquelas cidades onde mais subiu os aluguéis neste ano de 2024? Quinto lugar vai para Brasília, quarto lugar Aracaju e Sergipe, medalha de bronze fica com Porto Alegre, medalha de prata Salvador Bahia e a medalha de ouro e disparado, disparado Campo Grande no Mato Grosso do Sul. Isso tudo ao longo deste ano de 2024.
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O mesmo ocorre no interior do Brasil. Santos, que fica no litoral paulista subiu quase 24%, Campinas mais de 21%. Quinto lugar fica com Curitiba igual a Goiânia. Em quarto lugar, Salvador na Bahia, medalha de bronze Porto Alegre, medalha de prata Aracaju no Sergipe e medalha de ouro Campo Grande no Mato Grosso do Sul.
Comparando a alta do aluguel ao longo dos anos. De 2009 até 2024. Então vamos usar três exemplos de aluguéis, um de R$ 2.000, outro de R$ 4.000 e outro de R$ 8.000. Lá em 2021. O mesmo imóvel, na mesma localização, o ano 2024, a diferença do preço do aluguel no mesmo bairro, o mesmo tipo de imóvel, a mesma metragem e tudo, aqueles imóveis que custavam R$ 2.000, hoje eles já estão custando R$ 3.000 de aluguel.
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Aqueles que costumavam ser R$ 4.000 os aluguéis, já estão ali na casa de R$ 6.000 indo para R$ 6.200. E aqueles que custavam R$ 8.000 em 2021, agora você vai ter que desembolsar R$ 12.300 indo para R$ 12.400.
E quais são aquelas cidades mais caras e quais são aquelas cidades mais baratas do país para você alugar com base no preço do metro quadrado? Vamos começar com as mais baratas. Pelotas, no Rio Grande do Sul, Teresina, no Piauí, São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Aracaju e Ribeirão Preto, também interior de São Paulo.
Na outra ponta vemos Recife, Florianópolis, a medalha de bronze, medalha de prata São Paulo e Barueri com R$ 61,17 por metro quadrado é o lugar mais caro do Brasil para você alugar um imóvel residencial.
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Variação do preço do aluguel nas capitais
Capital x Indicador | Agosto/2024 | Acumulado 2024 | Últimos 12 meses | Preço médio R$ m2 |
IPCA (IBGE) | -0,02% | +2,85% | +4,24% | |
IGP-M (FGV) | +0,29% | +2,00% | +4,26% | |
Índice FipeZAP (Brasil) | +0,88% | +10,18% | +14,09% | 46,78 |
São Paulo (SP) | +0,83% | +8,74% | +11,44% | 56,15 |
Rio de Janeiro (RJ) | +0,09% | +6,20% | +9,91% | 48,00 |
Brasília (DF) | +0,13% | +15,15% | +16,42% | 47,04 |
Salvador (BA) | +2,23% | +18,85% | +23,35% | 39,50 |
Porto Alegre (RS) | +4,07% | +18,83% | +23,61% | 37,63 |
Curitiba (PR) | +0,15% | +12,13% | +18,19% | 40,70 |
Belo Horizonte (MG) | +0,19% | +10,58% | +16,23% | 40,52 |
Recife (PE) | +1,16% | +11,50% | +17,58% | 52,74 |
Fortaleza (CE) | +3,28% | +10,65% | +15,48% | 31,47 |
Florianópolis (SC) | +0,17% | +8,06% | +7,60% | 53,81 |
Goiânia (GO) | +1,04% | +7,13% | +18,10% | 38,81 |
Vitória (ES) | +0,70% | +8,87% | +3,52% | 43,46 |
Campo Grande (MS) | -1,33% | +31,37% | +34,21% | 33,91 |
Cuiabá (MT) | +2,04% | +9,86% | +10,92% | 38,62 |
Aracaju (SE) | -2,46% | +16,48% | +29,07% | 26,19 |
João Pessoa (PB) | +0,34% | +6,57% | +12,08% | 40,10 |
Maceió (AL) | +0,19% | +1,39% | +7,41% | 50,53 |
Natal (RN) | +0,37% | +7,09% | +8,64% | 4,73 |
São Luís (MA) | -0,65% | +3,31% | +7,47% | 49,23 |
Teresina (PI) | +0,69% | +3,71% | +7,00% | 21,50 |
Belém (PA) | +2,32% | +7,57% | +12,41% | 49,12 |
Manaus (AM) | +2,29% | +6,54% | +10,62% | 46,35 |
Fonte: FipeZap
Já a rentabilidade média do aluguel residencial foi avaliada em 5,97% ao ano. O retorno é calculado entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis, que resulta na medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em comprar o imóvel para obter renda.
A taxa média apurada se manteve ligeiramente abaixo à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses, que também se elevou no período. Em termos comparativos, a rentabilidade projetada do aluguel foi relativamente maior entre imóveis com apenas um dormitório (6,67% ao ano), contrastando com o menor percentual entre unidades com quatro ou mais dormitórios (4,67% ao ano).
Entre as capitais, se destacaram Manaus (8,26%); Belém (7,94%); Recife (7,68%); São Luís (7,47%); Cuiabá (7,46%); Campo Grande (7,42%); Natal (7,28%).