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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, multou a rede social X e a empresa de tecnologia, Starlink – ambas do empresário Elon Musk – em R$ 5 milhões após a rede social ficar disponível no Brasil mesmo com ordem de bloqueio dada pelo próprio ministro, no mês passado.

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De acordo com o STF, a multa já foi aplicada. A multa é diária em caso de descumprimento da ordem de bloqueio.

A decisão foi publicada em um “edital de intimação”, já que o X não tem representante legal no Brasil, motivo pelo qual Moraes justificou o bloqueio da rede social.

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Mesmo com apoio de empresa americana, bloqueio do X será parcial, diz Abrint
Apesar do retorno, o X somente pode ser acessado por meio do aplicativo instalado em celulares. O acesso dos brasileiros ao X foi restabelecido depois de uma atualização no aplicativo, que passou a usar o serviço conhecido como “proxy reverso” da empresa americana Cloudflare.

Na decisão, Moraes ordena que o X “suspenda imediatamente a utilização de seus novos acessos pelos servidores CDN Cloudfare, Fastly e Edgeuno e outros semelhantes, criados para burlar a decisão judicial de bloqueio da plataforma em território nacional”, segundo o STF, mas o X nega.

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Provedores foram notificados apenas sobre a Cloudflare
Segundo informou a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), nesta quinta-feira (19), a Anatel notificou as operadoras e provedores de internet apenas sobre a Cloudflare, que aceitou colaborar com a Anatel.

O X negou afronta à decisão judicial que baniu a rede social. Segundo a plataforma, o retorno é “temporário” e o X deve ficar indisponível novamente nos próximos dias.

Novo serviço do X dificulta mecanismos de bloqueio
A Cloudflare é um serviço de nuvem que oferece proteção de servidores de grandes empresas contra ataques cibernéticos. Ao todo, a empresa atende cerca de 24 milhões de sites no mundo todo.

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Segundo explica a própria Cloudflare em seu site, o “proxy reverso” é um tipo de intermediário do tráfego de internet entre o usuário e o servidor de um site. Além de melhorar a velocidade e a segurança, ele também mascara o IP real do servidor.

Com o novo serviço, o X passou a usar IPs dinâmicos, que mudam sempre que é feito o login no site ou a cada intervalo de um tempo determinado. Essa camada extra de proteção, praticamente, inviabiliza o método de bloqueio tradicional.

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Uma ordem de bloqueio total do serviço poderia derrubar os sites de outros clientes que usam a Cloudflare no Brasil, a exemplo de bancos, do governo federal e do próprio STF.

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