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A aquisição do campo de Peregrino pela Prio (PRIO3), em maio, animou o mercado devido às expectativas de que os dividendos poderiam ser turbinados. Porém, nesta segunda-feira (18), a petroleira lida com uma dor de cabeça nas operações que pode durar quase um mês — e até mais, no pior cenário.

Segundo comunicado enviado ao mercado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou a plataforma flutuante (FPSO) de Peregrino.

O órgão regulador exige melhoria na documentação de gestão e análise de risco, além de determinar a necessidade de adequações no sistema de dilúvio.

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A Prio informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos integralmente.

Vale lembrar que, apesar da aquisição do campo Peregrino pela petroleira, a atual operadora ainda é a Equinor. Ainda segundo o documento divulgado, a multinacional norueguesa “iniciou imediatamente os ajustes necessários, com o objetivo do cumprimento dos requerimentos com a maior celeridade e precisão possíveis”.

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Após o anúncio, as ações da Prio abriram o dia em forte queda, liderando as perdas do Ibovespa. Por volta das 10h40, PRIO3 caía 5,05%, negociada a R$ 36,86.
Ao anunciar a aquisição de 60% das operações do campo Peregrino detidas pela Equinor, a Prio passou a deter efetivamente 100% da economia do ativo, já que contava com participação de 40% até então.

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Na época, a XP Investimentos ressaltou que o acordo é um agregador de valor para a petroleira. Já com o anúncio da interdição, os analistas da casa são claros: a paralisação não era esperada, e os impactos são negativos.

Segundo relatório divulgado, ainda há necessidade de maiores detalhes sobre a decisão da ANP. Apesar disso, a XP Investimentos indicou projeções de perda econômica potencial decorrente da paralisação. Os analistas indicam que, apesar do campo de Peregrino contar com quatro plataformas, toda a produção é encaminhada através do FPSO, que foi interditado.

Além disso, a duração da paralisação também é um alerta para a casa de análise. Caso haja uma interdição completa da produção, a XP Investimentos estima um impacto econômico para a Prio de cerca de US$ 30 milhões, ou 0,5% do valor de mercado, para cada sete dias de paralisação da produção.

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