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Decisão inédita marca endurecimento da política de segurança do governo Javier Milei e acende alerta sobre a atuação transnacional das facções brasileiras.

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Em uma medida sem precedentes na América do Sul, o governo da Argentina anunciou, no final de outubro de 2025, a inclusão das facções brasileiras Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) no Registro Público de Pessoas e Entidades Ligadas ao Terrorismo (RePET) — a lista oficial do país que classifica grupos considerados ameaças à segurança nacional.

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A decisão foi comunicada pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que afirmou que o país passará a tratar essas facções como organizações narcoterroristas, com base em suas estruturas armadas, atuação transnacional e envolvimento em crimes como tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro.

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“A Argentina declarou essas duas organizações como narcoterroristas. Elas operam com lógica paramilitar e ameaçam a estabilidade da região”, afirmou Bullrich em entrevista ao canal La Nación+.

Contexto da decisão

A medida ocorre dias após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos, incluindo quatro policiais e o restante membros da facção criminosa com passagem pela polícia, e teve como alvo o Comando Vermelho. A guerra criada pelo CV repercutiu internacionalmente e acendeu o alerta em países vizinhos sobre a presença e influência das facções brasileiras além das fronteiras.

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Segundo Bullrich, atualmente há 39 brasileiros presos na Argentina, dos quais cinco são ligados ao Comando Vermelho e cerca de oito ao PCC. O governo argentino teme que esses detentos possam exercer influência dentro do sistema penitenciário local, como já ocorre no Brasil e no Paraguai.

Medidas de segurança e vigilância

Com a nova classificação, a Argentina adotará uma série de medidas:

  • Alerta máximo nas fronteiras com o Brasil e o Paraguai, com reforço no controle migratório e na fiscalização de veículos e cargas.
  • Monitoramento e isolamento de presos ligados às facções brasileiras, para evitar articulações criminosas dentro das penitenciárias.
  • Cooperação com agências internacionais, como Interpol e DEA, para rastrear movimentações financeiras e redes de tráfico

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Implicações regionais

A decisão argentina pode abrir precedentes para que outros países da América do Sul adotem medidas semelhantes. O Paraguai, por exemplo, já considera o PCC uma ameaça à segurança nacional desde 2020, após uma série de ataques violentos e fugas em massa de presídios.

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No Brasil, no entanto, o governo Lula se recusa a classificar oficialmente o PCC ou o Comando Vermelho como organizações terroristas.

Debate jurídico e político

A decisão argentina também levanta questões sobre extradições, cooperação jurídica internacional e sanções financeiras. Ao serem incluídas no RePET, as facções passam a ter seus bens e ativos bloqueados em território argentino, e qualquer associação com elas pode ser criminalizada.

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Especialistas em segurança pública veem a medida como um passo importante no combate ao crime organizado transnacional.

A classificação do PCC e do Comando Vermelho como organizações terroristas pela Argentina representa uma mudança significativa na abordagem regional ao crime organizado. Em um momento de crescente tensão na segurança pública brasileira e de distanciamento político entre os governos do Brasil e da Argentina, a medida pode redefinir os parâmetros da cooperação internacional no combate às facções.

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