Patrocinado

Durou apenas três anos a atuação do trio de bilionários formado por Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles fora do comando de fato da Americanas (AMER3). Venderam seu papéis por 3 dígitos e agora recomprar por um centavo de real. Enquanto isto pequenos investidores perderam o dinheiro de suas vidas.

MAIS: “País afunda num abismo legal e moral. Ação contra Starlink é passível de redução imediata de graus de crédito do Brasil”, afirma gestor de investimentos

O trio voltou a ter mais da metade do capital da varejista após converter uma parte dos bônus de subscrição do aumento de capital de R$ 24 bilhões realizado para tapar parte do rombo contábil na companhia. A Americanas chegou a ser negociada por R$118,00 e agora os acionistas referência recompraram as ações por R$0,01

O anúncio foi feito pela varejista em fato relevante divulgado no fim da noite de terça-feira (3).

LEIA: Dívida do setor público brasileiro sob Lula ultrapassa 78% do PIB, segundo Banco Central

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

AINDA: Lula avaliza ações de Moraes sobre X e Starlink com censura e insegurança jurídica ao investidor. Além de risco para Forças Armadas

Lemann, Sicupira e Telles tornaram-se sócios controladores da Lojas Americanas no início dos anos 1980 — e assim permaneceram por cerca de quatro décadas.

Em 2021, quando a Americanas promoveu a fusão de suas operações físicas e digitais e ingressou no Novo Mercado da B3, os três bilionários deixaram o controle da varejista para se transformarem em acionistas de referência.

Ao término da fusão da Lojas Americanas com a B2W, Lemann, Sicupira e Telles passaram a deter pouco mais de 30% dos papéis da varejista, que vale hoje aproximadamente R$ 1,27 bilhão na B3.

No início de 2023, a revelação de uma fraude multibilionária nos balanços da Americanas levou os credores a pressionarem para que o trio ajudasse a tirar a empresa do fundo do poço.

LEIA: Revista Economist faz críticas a Moraes e a “justiça brasileira intervencionista e draconiana”

Meses mais tarde, já no âmbito do programa de recuperação judicial da Americanas, Lemann, Sicupira e Telles se comprometeram a aportar R$ 12 bilhões na companhia.

Os credores da varejista, por sua vez, trocaram R$ 12 bilhões em dívidas pelo equivalente em ações.

O aumento de capital foi efetivado em julho último, provocando uma diluição brutal para os acionistas deixados de fora da operação.

Com o aumento de capital, o trio de bilionários já havia elevado sua participação a 49,24%. Junto com as novas ações, a Americanas emitiu bônus de subscrição a R$ 0,01 por ação aos investidores que colocaram dinheiro novo na varejista.

MAIS: “Governo Lula esmaga o povo sob suas botas”, afirma Elon Musk

O trio de bilionários recorreu a três empresas afiliadas para converter 3.029.130 bônus de subscrição em novas ações. Lemann, Sicupira e Telles converteram ações em número suficiente para deter 50,01% do capital votante da Americanas.

De acordo com o fato relevante, a operação está de acordo com um compromisso assumido pelos três acionistas junto aos credores no plano de recuperação judicial da varejista.

LEIA: Crise dos alugueis compartilhados faz fundos imobiliários buscarem despejo contra WeWork

Por fim, vale lembrar que a participação final dos bilionários na Americanas ainda pode aumentar ou diminuir dependendo da conversão dos bônus por outros investidores e por eles próprios.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada