Aposta em juros mais altos no Brasil segura dólar. Isto porque, embora a moeda estrangeira tenha fechado em alta nesta terça-feira, chegou ao fim da sessão em tom mais fraco e longe das máximas do dia. E assim, com operadores reduzindo a demanda pela moeda norte-americana na esteira da melhora de sentimento externo e após interpretações de que os juros no Brasil poderão subir ainda mais, provendo assim um escudo mais forte para a taxa de câmbio.
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Contudo, alguns analistas acreditam que os ativos locais, em especial o real, têm apresentado desempenho absoluto e relativo bastante positivo neste começo de ano. Acreditam que o diferencial de juros, a atratividade da bolsa e, consequentemente, os fluxos, estão favorecendo este movimento.
Entretanto há quem levante dúvidas sobre a sustentabilidade dessa dinâmica. E assim é possível que o movimento seja pontual e não permanente.
E assim, embora o dólar à vista terminou em leve alta de 0,12%, a 5,2604 reais. Ficou, assim, distante do pico intradiário, quando bateu 5,291 reais (+0,70%). Na mínima, a cotação registrou variação negativa de 0,05%, a 5,2514 reais.
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No entanto, o foco dos mercados está em dados de inflação nos EUA a serem divulgados nesta semana, mas enquanto isso o “trade” positivo com emergentes prossegue, a despeito das incertezas sobre as altas de juros em países desenvolvidos que poderiam reduzir a atratividade de moedas como o real.
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Desta forma, o câmbio encontrou algum suporte no entendimento de operadores, baseado na ata do Copom, de que o Banco Central poderia elevar mais os juros no Brasil, possivelmente acima de 12%, ante os atuais 10,75%.