Arcabouço requer aumento significativo de carga tributária, afirma Goldman Sachs. O mercado já precificou o aumento na meta da inflação para os próximos anos, com uma grande probabilidade de o objetivo a ser perseguido ser elevado de 3% para 4%, diz o economista Alberto Ramos, diretor do grupo de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs. “Se o governo fixar a meta em 4%, o mercado vai colocar um prêmio, com as expectativas subindo para 4,5% a 4,7%”, afirma.
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“Nesse caso, o Banco Central não deve ter grande margem de manobra para seguir uma política mais acomodativa.” Para Alberto Ramos, o novo arcabouço “reduz algumas incertezas e o risco de cauda, mas não é suficiente para estabilizar a dívida e requer um aumento significativo da carga tributária”.
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O economista ressalta que será um ajuste feito “no lombo do setor privado, extraindo mais recursos da sociedade”, no lugar de ser um “ajuste feito pela racionalização e redução do gasto público”.
Além disso, diz ele, “não é uma regra simples e me parece ter um componente bastante procíclico”. O Goldman prevê dois anos de baixo crescimento para o Brasil em 2023 e 2024, o que tornará mais difícil a implementação das novas regras. “O novo marco não será um grande indutor do crescimento.”
Com informações Brazil Journal