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Márcio Appel, sócio-fundador da Adam Capital, acredita que a Argentina tem potencial para se tornar uma nova Singapura, caso adote políticas econômicas acertadas. O gestor comparou a estrutura do Brasil com a Argentina, ao mencionar que não há expectativa de melhora no quadro fiscal por aqui.

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Argentina registra 13º superávit fiscal em 14 meses completos de Milei na presidência. No ano passado, a Argentina obteve seu primeiro superávit orçamentário anual em 14 anos.

“O Brasil politicamente é um transatlântico, não é uma lanchinha. Já a Argentina parece que é uma lanchinha. O país conseguiu fazer uma volta e com sorte vai virar a Singapura da América Latina – e vai ser um exemplo para todo mundo. […] Tem tudo para dar certo”, afirma.
Para ele, o Brasil deve acertar as políticas econômicas, mas ele não enxerga nenhum tipo de capacidade de mudança política drástica por aqui a ponto de alguma transformação começar. “O Congresso não vai mudar muito [na próxima eleição]. Espero que seja melhor, espero que o país gaste menos, que tenha mais privatização”, complementou o gestor.

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O que esperar da Europa e China, aléem do dólar?
Para Appel, em sua análise sobre o cenário econômico global diante do novo posicionamento dos Estados Unidos sob o comando do presidente Donald Trump, as decisões econômicas americanas, como a elevação dos juros, têm gerado impactos significativos na Europa e na China, colocando ambos os blocos econômicos em posição vulnerável.

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“A União Europeia tem um tipo de regulamentação que faz com que qualquer inovação seja muito prejudicada”, afirmou. Além disso, ele destacou o impacto negativo da imigração que a Europa recebe, em contraste com a dos Estados Unidos. “A imigração que a União Europeia enfrenta é muito problemática e, aparentemente, há pouca capacidade política para mudar isso.”

Para Appel, essa combinação de fatores pode transformar a Europa em um dos piores lugares em crescimento econômico nos próximos anos, especialmente se a China também apresentar um desempenho econômico fraco. “Se a China reportar um crescimento negativo à frente, a Europa será grandemente impactada”, alertou.

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Sobre a China, o gestor da Adam Capital considera que o país enfrenta uma deterioração estrutural, agravada não só pela questão demográfica, mas também pelo retrocesso econômico dos últimos anos. “Nos últimos cinco anos, houve um retrocesso significativo na abertura econômica da China”, destacou.

Ele também ressaltou a discrepância econômica entre países europeus e estados norte-americanos. “Para se ter ideia da complexidade, alguns países europeus já estão se comparando com estados americanos em termos de PIB per capita. Hoje, há estados americanos bem mais ricos do que os países mais desenvolvidos da Europa. Essa discrepância só tende a aumentar.”

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Segundo Appel, a moeda europeia e outras divisas globais tendem a sofrer no atual contexto econômico. “O euro vai sofrer, e as moedas, de forma geral, também vão enfrentar dificuldades.”

Diante desse panorama, Appel acredita que o dólar será o ativo mais valorizado. “O dólar vai se fortalecer nesse cenário global.”

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