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O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou nesta semana os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2025, revelando uma queda expressiva de 60% no lucro líquido ajustado em comparação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impactado principalmente pelo aumento da inadimplência e pelas perdas significativas no setor do agronegócio.

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Lucro líquido despenca para R$ 3,78 bilhões

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no 3T25 totalizou R$ 3,78 bilhões, representando uma retração de 60% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Já o lucro contábil foi de R$ 3,02 bilhões, uma queda de 66% na comparação anual. Apesar da forte queda, os números ficaram dentro das expectativas do mercado, que projetava lucro próximo de R$ 3,2 bilhões.

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Inadimplência e provisões em alta

  • Índice de inadimplência: 4,9%, o maior desde 2017.
  • Provisões para perdas com crédito: R$ 17,9 bilhões, alta de 78% em relação ao ano anterior.
  • Retorno sobre patrimônio líquido (ROE): 8,4%, abaixo da média histórica do banco.

O aumento da inadimplência foi puxado principalmente por falências no setor do agronegócio, que representa cerca de um terço da carteira de crédito da instituição. Eventos climáticos extremos e dificuldades na renegociação de dívidas contribuíram para o cenário adverso.

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Agronegócio: o epicentro da crise

O agronegócio, tradicionalmente um dos pilares da carteira do Banco do Brasil, sofreu com perdas significativas em 2025. A combinação de fatores climáticos, queda nos preços de commodities e dificuldades de crédito resultou em um aumento expressivo de calotes, pressionando as provisões e afetando diretamente a rentabilidade do banco.

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Margem financeira cresce, mas não compensa perdas

Apesar da queda no lucro, a margem financeira total cresceu 9,3% no trimestre, impulsionada por maiores volumes de crédito e ajustes nas taxas. No entanto, esse avanço não foi suficiente para compensar o impacto das provisões e da deterioração da qualidade da carteira.

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Perspectivas e estratégias para 2026

O Banco do Brasil revisou suas projeções para o ano, reduzindo a estimativa de lucro líquido para entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões, ante previsão anterior de até R$ 25 bilhões. A instituição aposta em medidas de reestruturação de crédito, especialmente no setor rural, e em maior eficiência operacional para enfrentar os desafios do próximo ano.

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Análise: um alerta para o setor bancário

O resultado do Banco do Brasil no 3T25 acende um sinal de alerta para o sistema financeiro brasileiro. A forte exposição ao agronegócio, aliada ao cenário macroeconômico desafiador, exige uma revisão estratégica profunda. A capacidade de adaptação e gestão de risco será determinante para a recuperação da rentabilidade em 2026.

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