O Banco do Brasil (BBAS3) sob Lula acaba de emprestar US$ 50 milhões (R$ 276 milhões) com o Citi, em Nova York, nos Estados Unidos, para emprestar para projetos sustentáveis no Brasil. É a primeira vez que dois bancos, um americano e um brasileiro, se unem em uma linha de financiamento que prevê juros menores caso compromissos da agenda ESG – boas práticas e ações relacionadas ao meio ambiente, sociais e de governança -, sejam alcançados.
MAIS: Estrangeiros retiram quase R$ 30 bilhões em investimento da Bolsa brasileira
Do lado do BB, o banco se comprometeu com duas metas: de expansão da carteira de crédito de agronegócio sustentável e de baixo carbono e de ampliar a liderança de mulheres e negros na instituição financeira, trabalho que tem sido reforçado na gestão de Medeiros com as agendas globalistas e ideológicas.
LEIA: Mais de 1,5 milhões de brasileiros já assinaram petição para impeachment de Moraes
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
Além disso, o BB também fica responsável por fazer o monitoramento do investimento, garantindo que os compromissos estão sendo cumpridos.
No mercado de capitais, essa operação chamada de ‘sustainability linked loans’ justamente por atrelar compromissos de sustentabilidade das empresas emissoras às taxas do empréstimo, já é bastante utilizada.
A novidade é fazer uma transação com as mesmas características entre um banco americano e um brasileiro “É uma operação inédita”, diz a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, em entrevista ao Broadcast, em Nova York, onde a alta cúpula do conglomerado está para uma nova rodada de captação de recursos para a agenda sustentável do País e conversas com investidores estrangeiros.
VEJA: Opportunity entrega 48% da Santos Brasil a gigante francesa
“Esta operação está na vanguarda das finanças ESG, integrando metas inovadoras que visam a fortalecer nossa carteira de investimentos responsáveis, e se distingue por atrelar suas condições comerciais aos compromissos de diversidade racial e de gênero na alta liderança do banco”, diz o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia.
O Citi entra com a liberação de recursos, a taxas mais atrativas segundo o banco, porem não foram divulgadas, a depender do atingimento das metas por parte do banco brasileiro. Se não forem cumpridas, os juros cobrados para a tomada de recursos aumentam. “Uma das nossas aptidões é ser o banco dos bancos. Nós competimos em algumas transações, mas também apoiamos o crescimento deles no Brasil”, diz o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon, em entrevista ao Broadcast, em Nova York.
Segundo ele, o banco está ampliando o seu portfólio de produtos sustentáveis dentro da sua estratégia de sustentabilidade no Brasil e também global, cuja meta é atingir US$ 1 trilhão em finanças sustentáveis até 2030. O empréstimo com o BB é um bom exemplo, e o Citi já conversa com outras instituições financeiras para replicar o modelo. “A ideia é que esse produto ganhe mais volume dentro da nossa plataforma”, diz.
Com o próprio BB, a transação selada na sede do Citi, em Nova York, foi só o começo. Conforme executivos, foi uma tranche inicial e a ideia é estabelecer uma linha constante de recursos para apoiar a agenda ESG no Brasil dentro e fora do banco.
“O mercado norte-americano vem se desenvolvendo cada vez mais no tema ESG, com um crescente engajamento das instituições americanas, e, no caso dessa operação, os recursos farão a diferença na vida de milhares de brasileiros”, afirma o responsável pelo BB em Nova York, Mario Fujii.
AINDA: Opportunity entrega 48% da Santos Brasil a gigante francesa