O Banco Master e seu controlador, Daniel Vorcaro, desembolsaram mais de R$ 500 milhões em advogados e consultorias jurídicas nos últimos dois anos, segundo levantamento publicado pelo Valor Econômico. O montante chama atenção pelo volume extraordinário e reflete a estratégia de defesa agressiva adotada em meio à crise que culminou na liquidação extrajudicial da instituição.
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O escritório Barci de Moraes, onde trabalham a esposa e dois filhos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi um dos contratados para atuar em ações do banco. Nesse período, também atuaram como conselheiros ou consultores remunerados pelo banqueiro o ex-presidente Michel Temer, que é advogado, o ministro aposentado do STF e atual ministro da justiça de Lula, Ricardo Lewandowski.
Mais recentemente, o banqueiro contratou o escritório de Walfrido Warde, que advoga principalmente em mercados de capitais e disputas societárias, e os criminalistas Roberto Podval e Pierpaolo Botini. Vorcaro foi preso na madrugada de terça-feira. Procurado, o Master não comentou.
o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. De acordo com o colunista Lauro Jardim, o ex-ministro foi contratado para atuar pela aprovação da compra do Master pelo BRB.
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Em outubro do ano passado, em entrevista à revista “Piauí”, o banqueiro disse que seus contatos remodelaram sua própria forma de ver a política. Segundo ele, tornou-se “menos preconceituosa”.
Gastos jurídicos bilionários
- Valor total: mais de R$ 500 milhões em honorários advocatícios e consultorias.
- Período: últimos dois anos, com registros já aparecendo nos balanços de 2024.
- Destinação: contratação de escritórios renomados e consultores jurídicos de peso para representar o banco e seu controlador em ações judiciais e negociações estratégicas.
- Contexto: os gastos ocorreram em paralelo às investigações da Polícia Federal e às tentativas frustradas de venda da instituição.
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Estratégia de defesa
Daniel Vorcaro buscou se cercar de advogados influentes e aliados políticos para enfrentar processos e pressões regulatórias.
- A contratação de nomes de peso do direito brasileiro sugere uma tentativa de blindagem institucional diante das acusações. Desta forma esta figuras precisam explicar que tipo de serviço prestaram em meio as fraudes apontadas pelo BC e PF.
- Parte dos desembolsos foi destinada a consultorias esporádicas, além de contratos de longo prazo com escritórios de advocacia.
Impacto econômico e institucional
- Financeiro: o volume de gastos é considerado extraordinário para o porte da instituição, reforçando a gravidade da crise.
- Institucional: expõe a dimensão da estratégia de defesa, que priorizou blindagem jurídica em vez de recuperação financeira.
- Político: a presença de advogados ligados a figuras públicas sugere tentativa de influência e proteção em meio às investigações.
- Mercado: os gastos bilionários aumentaram a desconfiança de investidores e reguladores sobre a sustentabilidade do banco.
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O levantamento do Valor Econômico mostra que o Banco Master e seu controlador gastaram mais de R$ 500 milhões em advogados e consultorias jurídicas, um valor que evidencia tanto a gravidade da crise quanto a tentativa de se proteger de processos e investigações. A revelação reforça a percepção de que, diante da liquidação extrajudicial e da prisão de Vorcaro, a prioridade foi a defesa jurídica, e não a recuperação financeira da instituição.
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- Vorcaro buscou se cercar de advogados influentes e aliados políticos.
- Parte dos desembolsos foi destinada a consultorias esporádicas, além de contratos de longo prazo.
- A prioridade foi a blindagem jurídica, em vez de recuperação financeira.
Quadros Analíticos Principais escritórios contratados
| Escritório/Consultoria | Tipo de serviço | Perfil |
|---|---|---|
| Escritórios de advocacia de renome | Defesa em ações judiciais | Jurídico contencioso |
| Consultorias especializadas | Estratégia regulatória | Jurídico e político |
| Advogados ligados a figuras públicas | Blindagem institucional | Relações políticas |
Tipos de serviços jurídicos prestados
| Serviço | Finalidade | Impacto |
|---|---|---|
| Defesa em processos | Representação em ações da PF e Banco Central | Custos elevados |
| Consultoria regulatória | Orientação sobre liquidação e venda | Sem resultados práticos |
| Negociações políticas | Tentativa de influência institucional | Questionamentos éticos |
Impacto político e econômico
- Financeiro: gastos bilionários aumentaram a desconfiança de investidores.
- Institucional: expuseram a dimensão da crise e a prioridade em defesa jurídica.
- Político: contratação de advogados ligados a figuras públicas sugere tentativa de influência.
- Mercado: reforçou percepção de insustentabilidade e fragilidade regulatória.
O fato evidencia a tentativa de blindagem institucional.




















