Bitcoin resurge com retorno muito superior a outros investimentos. Após forte queda em 2022, as criptomoedas iniciaram um movimento acentuado de retomada na semana passada, puxado pela recuperação do Bitcoin (BTC), benchmark do setor. A moeda digital rompeu os US$ 17 mil há sete dias e, desde então, registra rali que já alcança ganhos na casa dos 22%, cotado perto de US$ 21 mil. O Ethereum (ETH) seguiu caminho parecido e acumula alta de 20% no período, operando US$ 1.540 na tarde desta segunda-feira (16).
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O movimento veio na esteira de um ambiente externo mais favorável, com investidores mais otimistas quanto à proximidade do fim do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos após o dado de inflação referente a dezembro mostrar recuo.
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“Todos os ativos de risco, como ações e criptomoedas, são muito sensíveis à taxa de juros americana que, por sua vez, é muito sensível à inflação. Como o índice de preços dos EUA recuou em dezembro, dentro das expectativas do mercado, houve uma retomada de apetite por risco pelos investidores, o que explica a alta das criptomoedas na última semana”.
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No entanto, o tamanho da alta em commodities e ações (algumas que, como o BTC, também vêm de perdas de mais de 60% em 2022) foi muito mais tímido. O índice MSCI World, que mede o desempenho dos papeis de 1.500 empresas globalmente, subiu 3,24% em uma semana, e o Bloomberg Commodity Index avançou 3,21% no período – o Bitcoin, portanto, valorizou quase sete vezes mais.
A distância é ainda maior para o ouro, que valorizou 2,92% nessa janela, e para o índice S&P 500, que registrou ganhos de 2,67%. Nesse caso, o upside do Bitcoin passa de oito vezes.
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A amplitude dessa diferença tem a ver com o caráter conhecidamente volátil dos criptoativos, mas também está ligado a outros elementos. Em um marasmo há semanas, preso na região dos US$ 16.400 e US$ 17.000, o Bitcoin se beneficiou da volta do apetite do investidor em um momento em que, segundo especialistas, as vendas de BTC “secaram”, restando praticamente apenas os traders que operavam alavancados à espera de uma queda mais profunda.
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