A maior gestora de ativos do mundo mostrou que abandonar a rota de expansão está longe de seus planos. A BlackRock anunciou nesta sexta-feira (12) a compra da Global Infrastructure Partners (GIP) por aproximadamente US$ 12,5 bilhões. Trata-se da maior aquisição da gigante de gestão de ativos em 15 anos, desde que abocanhou o Barclays em 2009.
O montante será dividido em US$ 3 bilhões em dinheiro e o restante deverá ser pago na forma de 12 milhões de ações da BlackRock — o que equivale a algo próximo de US$ 9,5 bilhões, considerando o preço de fechamento dos papéis em 11 de janeiro.
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A empresa de private equity GIP administra mais de US$ 100 bilhões em ativos de infraestrutura, com um portfólio que inclui o aeroporto britânico de Gatwick, o porto de Melbourne e grandes projetos eólicos offshore.
“As infra-estruturas são uma das oportunidades de investimento a longo prazo mais interessantes, à medida que uma série de mudanças estruturais remodelam a economia global”, disse o CEO e fundador da BlackRock, Larry Fink.
“Reunir estas duas empresas criará a plataforma de infraestrutura para oferecer as melhores oportunidades de investimento para clientes em todo o mundo.” afirmou o fundador da BlackRock.
Com o negócio, a gigante de gestão de ativos se tornará um dos maiores players nos segmentos de ativos alternativos, com um total combinado de US$ 150 bilhões de dólares em ativos, e de mercados privados.
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A BlackRock ainda se tornará a segunda maior gestora de infraestrutura do mundo, atrás apenas do Macquarie Group.
Vale destacar que o segmento de infraestrutura, atualmente avaliado em US$ 1 bilhão, é considerado um dos setores dos mercados privados que podem crescer mais rápido nos próximos anos.
A gestora terminou o quarto trimestre de 2023 com um total de US$ 10 trilhões em ativos sob administração — a primeira vez em que a companhia atingiu esse patamar desde 2021.
A expectativa é que a transação seja concluída no terceiro trimestre deste ano. O negócio ainda está sujeito a aprovações regulatórias e outras condições de fechamento.
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Gestora com nova liderança? As mudanças na chefia da BlackRock
Além da aquisição da GIP, a BlackRock também revelou mudanças na sua estrutura de gestão sênior.
Salim Ramji, chefe global do fundo de índice (ETF) iShares e de outros investimentos em índices, está deixando a companhia, de acordo com um memorando da empresa enviado à Reuters.
O atual chefe da gestora nas regiões da Europa, Oriente Médio e África, Stephen Cohen, assumirá a cadeira de diretor de produtos.
Cohen será responsável por liderar um novo grupo de estratégia global de produtos que incorporará os negócios de ETF e índices em toda a BlackRock.
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A BlackRock também está criando uma nova estrutura de negócios internacionais, que unificará a liderança na Europa, Oriente Médio, Índia e na Ásia-Pacífico e será comandada por Rachel Lord.
A gestora anunciou há poucos dias que estava demitindo cerca de 3% da força de trabalho global (em torno de 600 pessoas) para “realocar recursos”.
Com a compra da Global Infrastructure Partners, cinco dos sócios fundadores do GIP serão contratados pela BlackRock — incluindo o CEO e presidente do conselho de administração do GIP, Bayo Ogunlesi, que também se juntará ao colegiado da BlackRock após o fechamento do acordo.
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Como parte do acordo, a equipe de gestão da GIP ficará encarregada de uma plataforma combinada de investimento em infraestrutura em mercados privados na BlackRock.
“Esta plataforma pretende ser o fornecedor proeminente e completo de soluções de infraestrutura para empresas globais e o setor público, mobilizando capital privado de longo prazo por meio de relacionamentos firmes de longa data”, disse Bayo Ogunlesi.
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