BNDES e Banco da China assinam acordo de R$ 6 bilhões. Brasil é colocado em risco. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse nesta sexta-feira que a instituição e o Banco da China assinaram um acordo de 6 bilhões de reais para investimentos em infraestrutura e inovação tecnológica.
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Em discurso na embaixada brasileira em Pequim, Mercadante disse que todos os recursos anunciados nesta sexta-feira são para investimentos no Brasil e que o país precisa olhar com muito mais atenção para as suas exportações. Os termos do acordo não foram divulgados entretanto, os riscos para o Brasil são infinitos segundo especialistas.
Relacionamento entre China e Brasil podem prejudicar o país
Há várias maneiras pelas quais os especialistas acreditam que o relacionamento entre a China e o Brasil pode prejudicar o Brasil. Lembrando que o custo de um financiamento sempre é muito superior ao montante financeiro envolvido. Aqui estão alguns exemplos:
Dependência econômica excessiva: A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e muitos críticos argumentam que o país está se tornando excessivamente dependente da demanda chinesa por commodities, como minério de ferro e soja. Isso pode tornar o Brasil vulnerável a flutuações nos preços desses produtos e a mudanças na política econômica da China.
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Degradação ambiental: A China é um grande investidor em projetos de infraestrutura e exploração de recursos naturais no Brasil, o que pode levar à degradação ambiental e ao desmatamento. Isso pode ter consequências negativas para a biodiversidade do Brasil, para as comunidades locais e para o clima global.
Prejuízo para a indústria brasileira: A importação de produtos chineses, muitas vezes com preços baixos, pode prejudicar a indústria brasileira, que pode não conseguir competir em termos de preço e qualidade. Isso pode levar a perda de empregos e a uma menor capacidade de produção no Brasil.
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Ameaças à segurança nacional: Algumas pessoas acreditam que o relacionamento entre a China e o Brasil pode representar uma ameaça à segurança nacional do Brasil, especialmente se a China estiver obtendo acesso a tecnologias sensíveis ou se envolvendo em espionagem. Isso pode prejudicar a capacidade do Brasil de proteger seus interesses estratégicos.
Aumento da corrupção: Alguns críticos argumentam que o relacionamento entre a China e o Brasil pode aumentar a corrupção no Brasil, especialmente se houver transferência de recursos ou se as empresas chinesas estiverem envolvidas em atividades ilícitas. Isso pode minar a integridade das instituições brasileiras e afetar a confiança do público no governo.
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Interesses escusos da China no Brasil
Outros exemplos de interesses escusos que a China poderia ter no Brasil, de acordo com alguns críticos:
Acesso a recursos naturais: Alguns críticos argumentam que a China está interessada em ter acesso a recursos naturais brasileiros, como minério de ferro, soja, carne bovina e outros. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e importa uma grande quantidade desses produtos do país.
Influência política: Alguns críticos argumentam que a China está buscando exercer influência política no Brasil, apoiando candidatos e partidos que sejam favoráveis à China e às suas políticas. Por exemplo, em 2020, o presidente Jair Bolsonaro acusou o governo chinês de estar interferindo nas eleições municipais do Brasil, em favor de candidatos de esquerda.
Transferência de tecnologia sensível: Alguns críticos argumentam que a China está interessada em obter tecnologias sensíveis do Brasil, como a tecnologia de produção de petróleo em águas profundas e a tecnologia de defesa. Essas tecnologias poderiam ser usadas pela China para fins militares ou para competir com outros países em setores estratégicos.
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Uso de trabalho escravo: Alguns críticos argumentam que a China está se aproveitando do trabalho escravo no Brasil para obter produtos mais baratos. Por exemplo, a produção de soja, que é exportada em grande quantidade para a China, é muitas vezes feita por trabalhadores em condições precárias e degradantes.
Exemplos da manipulação chinesa sobre a tecnologia e outras áreas
Espionagem: Existe a preocupação de que a China esteja usando suas empresas de tecnologia para obter informações sensíveis sobre a economia (caso do TikTok), a política e a segurança do Brasil. Por exemplo, em 2020, o governo brasileiro de Bolsonaro restringiu o acesso da empresa chinesa Huawei à licitações para implementação do 5G no país, sob a alegação de riscos à segurança nacional.
Controle de setores estratégicos: A China tem investido em setores estratégicos da economia brasileira, como energia, tecnologia e infraestrutura. Por exemplo, a State Grid, uma empresa estatal chinesa, é a maior acionista da CPFL Energia, uma das maiores empresas de energia elétrica do Brasil. Alguns críticos argumentam que a China pode estar buscando controlar esses setores para obter vantagens estratégicas e econômicas.
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Dumping: Em 2017, o governo brasileiro de Michel Temer aplicou uma medida antidumping sobre a importação de aço plano laminado a quente da China e de outros países, sob a alegação de que esses produtos estavam sendo vendidos abaixo do preço de mercado e prejudicando a indústria brasileira.
Competição desleal: Alguns críticos argumentam que a China está competindo de forma desleal com as empresas brasileiras, ao oferecer produtos mais baratos e com baixa qualidade. Por exemplo, a importação de calçados chineses tem sido alvo de críticas por parte dos fabricantes brasileiros, que alegam que os produtos chineses são de baixa qualidade e estão prejudicando a indústria nacional.
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Riscos ambientais: Alguns críticos argumentam que a China está contribuindo para o desmatamento e a degradação ambiental no Brasil, ao financiar projetos de infraestrutura e de exploração de recursos naturais. Por exemplo, a construção da Ferrogrão, uma ferrovia planejada para ligar o Mato Grosso ao Pará, tem sido criticada por ambientalistas, que alegam que a obra pode causar danos irreparáveis à floresta amazônica. A China é uma das empresas interessadas em financiar a construção da ferrovia.