Dow Jones recuou 1,8%, e os índices S&P 500 e Nasdaq caíram pouco mais de 1%, apagando os ganhos acumulados no início da semana.
A queda foi impulsionada por tensões na Oriente Médio, após Israel lançar ataques a sítios nucleares iranianos, com promessas de retaliação.
Petróleo Brent e WTI dispararam cerca de 7%, refletindo temores de impactos no fluxo de petróleo global.
Ouro, ativo refúgio, subiu cerca de 1,5%, ecoando um avanço de ~50% ao longo do último ano.
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Setores e papéis impactados
Visa e American Express afundaram após notícias de que grandes varejistas, como Walmart e Amazon, estariam desenvolvendo stablecoins para reduzir taxas de transação — o que preocupou os investidores em meios de pagamento.
Sherwin‑Williams despencou 5,7% depois de receber um downgrade do Citi, devido a sinais de enfraquecimento no mercado imobiliário.
Visão de especialistas
Darrin Peller (Wolfe Research) destacou que “quando os varejistas sugerem que […] não precisariam usar Visa ou Mastercard, isso obviamente impactou as ações”
Analistas como Pavel Molchanov (Raymond James) afirmam que, se o conflito não escalar para uma guerra total, o impacto sobre o petróleo — e, por consequência, sobre a economia — tende a ser limitado
Contexto macro
Os mercados já enfrentavam volatilidade devido às incertezas em torno da guerra comercial, tarifas e esperanças por acordos comerciais com a China, o que tornou os ativos mais sensíveis a choques globais.
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Apesar disso, o preço do petróleo — ainda próximo de US$ 76 (nível observado em 2024) — permanece distante de patamares que causariam recessão, a menos que haja severa perturbação na região .
Pressão geopolítica imediata: o conflito Israel–Irã provocou forte alta no petróleo e queda nos índices de ações.
Pressões setoriais específicas: pagamentos e construção reagiram negativamente a novas formas de transação e riscos imobiliários.
Risco moderado no médio prazo: com limites geográficos ao conflito, os especialistas acreditam que a escalada poderá se conter, mantendo o impacto nos preços do petróleo e ações sob controle.
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Balanço Geral
- Ibovespa fechou em queda de 0,43%, nos 137.212,63 pontos, acompanhando a aversão global ao risco após a escalada do conflito entre Israel e Irã.
- No pregão, houve mínima de 136.585 pontos e máxima de 137.799 pontos.
- Volume negociado superou R$ 22,9 bilhões
- No acumulado da semana, o índice teve alta de 0,82% .
Câmbio
- Dólar comercial permaneceu estável em torno de R$ 5,54, com ligeira alta de 0,01%
- A moeda variou entre R$ 5,59 e R$ 5,54 durante o dia
- No acumulado da semana, registra leve queda de ~0,5%
Commodities e Setores
- Petróleo Brent avançou mais de 7%, fechando em cerca de US$ 74,23 o barril, alimentado pela tensão no Oriente Médio b
- Isso impactou positivamente as ações de petróleo no Brasil:
- PETR4 subiu entre 2,46% e 2,83%, atingindo cerca de R$ 32,50.
- Outras petroleiras, como PetroRecôncavo, Prio, também se destacaram
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Destaques Negativos
- Ações de setores sensíveis à aversão ao risco sofreram:
- CVC caiu 8,33%; Magazine Luiza perdeu 7,07%; Usiminas recuou 5,9%; Minerva e RD Saúde também tiveram perdas entre 4% e 5%.
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Contexto e Implicações
- A aversão ao risco global, marcada pelo conflito no Oriente Médio, foi determinante para guiar o mercado brasileiro, ainda que com menor intensidade comparado aos EUA .
- Apesar da queda do Ibovespa, o aumento no petróleo acena a favor das ações de energia e pode repercutir em reajustes da Petrobras ou impacto nas margens.
- A estabilidade cambial, mesmo com o dólar oscilando no curtíssimo prazo, indica controle ante a pressão externa .
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Visão Geral
Indicador | Resultado | Comentário |
---|---|---|
Ibovespa | –0,43% (137.212) | Seguiu o sentimento global de risco |
Dólar | +0,01% (R$ 5,54) | Alta discreta apesar da aversão |
Petróleo Brent | +7% (US$ 74,23) | Alta forte com tensão geopolítica |
Petrobras | +2,5% | Beneficiada pela valorização do petróleo |
Setores fracos | Turismo, varejo e siderurgia | Sofreram com risco global |
O mercado brasileiro acompanha o cenário externo, impulsionado pela alta do petróleo e cautela global. Enquanto segmentos ligados à energia se valorizam, áreas mais sensíveis à aversão ao risco enfrentam pressão. O dólar segue estável, e a semana se encerra com leve crescimento acumulado do índice.