O Ibovespa Futuro opera com baixa acentuada nos primeiros negócios desta segunda-feira (5), acompanhando tombo do mercado internacional, à medida que se aprofundam os temores com a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos e outros países, o que têm provocado uma busca por ativos seguros.
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Na última sexta-feira, o relatório sobre criação de empregos (payroll) nos EUA mais fraco do que o esperado fomentou temores de que o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed) afetou a atividade econômica no país mais do que o previsto, aumentando as apostas de cortes de juros até o fim do ano.
No cenário nacional, o Banco Central divulgará na terça-feira a ata de sua última reunião de política monetária na semana passada, quando decidiu manter a Selic em 10,50% ao ano pelo segundo encontro consecutivo. Às 9h14 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto recuava 2,36%, aos 123.770 pontos.
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Às 9h14 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto recuava 2,36%, aos 123.770 pontos.
Em Wall Street, Dow Jones Futuro operava com baixa de 2,26%, S&P500 caía 3,26% e Nasdaq Futuro recuava 4,66%.
De volta ao cenário nacional, as projeções dos analistas para a inflação e para a evolução do PIB em 2024 voltaram a subir nesta semana, enquanto a previsão para a Selic no ano que vem também avançou, segundo dados divulgados pelo Relatório Focus do Banco Central.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar comercial operava com alta de 1,81%, cotado a R$ 5,812 na compra e R$ 5,813 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 1,63%, indo aos 5.838 pontos.
No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em baixa, com temores de uma recessão nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo, compensando preocupações de que as crescentes tensões no Oriente Médio possam afetar o fornecimento da maior região produtora.
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Já as cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, impulsionada por uma melhor perspectiva econômica chinesa após fortes dados de serviços e expectativas contínuas de estímulo do principal consumidor. O crescimento da atividade de serviços da China acelerou em julho, expandindo-se pelo 19º mês consecutivo, mostrou uma pesquisa do setor privado na segunda-feira.
Os mercados asiáticos fecharam em forte baixa, dando continuidade a liquidação da semana passada, com o Nikkei, do Japão, caindo mais de 12%. A queda de 12,4% no Nikkei — que o viu fechar em 31.458,42 pontos — foi o pior dia para o índice desde a “Segunda-feira Negra” de 1987. A baixa de 4.451,28 pontos no índice também foi a maior em termos de pontos em toda a sua história.