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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou, nesta sexta-feira (26), a forma como o governo Lula reagiu às críticas do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ao sistema eleitoral brasileiro.

Na semana passada, Maduro afirmou que os resultados das urnas eletrônicas do Brasil não são auditáveis. A declaração levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a desistir de enviar seus observadores para acompanhar a eleição no país vizinho.

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“Até o Maduro agora deu um passinho para a direita. Eu até o chamei de ‘my friend’”, disse Bolsonaro. O ex-presidente discursou durante a convenção do PL em Porto Alegre (RS).

Apesar da escalada das críticas de Maduro, o presidente Lula (PT) enviou seu assessor para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, à Venezuela para acompanhar o pleito.

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O ministro das Relações Exteriores da ditadura chavista, Yvan Gil, recebeu Amorim em Caracas na noite desta sexta (26). O ex-chanceler minimizou as declarações de Maduro sobre o Brasil, dizendo que “não foram ofensivas”, que “foram alusões”.

Bolsonaro comentou a resposta e disse que Amorim considerou a fala do ditador como “uma crítica construtiva”.

“Ora, quando ele [Maduro] fala é uma crítica, e quando eu falo é crime?”, apontou o ex-chefe do Executivo. Na quarta (24), Bolsonaro já havia reagido à tentativa de parte da imprensa brasileira de associá-lo ao ditador.

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Se Maduro não comete crime Bolsonaro também não

Para analistas, o momento político no país vizinho colocou Lula em uma “sinuca de bico”. O petista, que não mediu esforços para sair em defesa do processo eleitoral e de Maduro, tem a imagem sua prejudicada com as eleições venezuelanas.

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“Lula está numa “sinuca de bico” uma vez que ele tem que ser o balizador da democracia, mas não pode fazê-lo se continuar ou se quiser continuar sendo um aliado de Maduro. Portanto, há a necessidade do presidente se posicionar e de forma enérgica, Lula não pode agir de forma dúbia ou deixando margem a interpretações em relação à sua fala. Ele deve ser objetivo, seja condenando uma fraude no processo eleitoral ou aceitando e reconhecendo os resultados, caso a oposição ganhe logo de cara”, observa o cientista político Valdir Pucci.

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Bolsonaro há muito tempo questiona a segurança do sistema eletrônico, alegação negada pelo TSE. A Corte eleitoral reforça que as urnas são seguras, confiáveis e que todo o processo eleitoral é aberto a entidades fiscalizadoras. Segundo o Tribunal, nunca houve fraude nas eleições, desde que a votação eletrônica foi adotada.

Em junho do ano passado, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por realizar uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, na qual criticou a segurança das urnas eletrônicas. A Corte eleitoral condenou o ex-mandatário por abuso de poder político e desvio de finalidade em uma ação movida pelo PDT.

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