Brasil não assina documento a favor da liberação de jornalista americano preso na Rússia. Representantes dos Estados Unidos e de outros 40 países na Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram um documento nesta segunda-feira (17) no qual afirmam estarem preocupados com a prisão do jornalista Evan Gershkovich, do “Wall Street Journal”, que foi detido no dia 30 de março e acusado de espionagem.
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No comunicado os embaixadores dos 40 países na ONU também pediram às autoridades da Rússia que libertem “aqueles que detêm por motivos políticos e acabem com a repressão draconiana à liberdade de expressão, incluindo contra membros da mídia”.
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Sobre o jornalista, Evan Gershkovich está “bem de saúde”, disse a embaixadora americana Lynne Tracy, depois de visitá-lo pela primeira vez em seu centro de detenção.
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“Visitei Evan Gershkovich do Wall Street Journal na prisão de Lefortovo, e ele está bem de saúde e continua forte”, disse a diplomata.
“Esta é a primeira vez que temos permissão para vê-lo desde sua detenção injustificada há mais de duas semanas”, afirmou Tracy.
Gershkovich, correspondente em Moscou do Wall Street Journal, foi preso em 30 de março enquanto fazia uma reportagem na cidade de Yekaterinburg.
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As autoridades o acusam de coletar informações sobre a indústria de defesa.
O repórter, o jornal para o qual trabalha e o governo dos EUA rejeitam as acusações de espionagem, que podem levar a 20 anos de prisão.
É a primeira vez que um jornalista estrangeiro é detido na Rússia sob tais acusações desde a era soviética.
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O Brasil não está no grupo de países que assinaram o documento. Os representantes do Brasil na ONU foram questionados sobre o porquê de não terem endossado o texto, mas ainda não responderam.
No texto, os representantes dos países também se manifestaram contra a intimidação que o governo russo exerce sobre a mídia.