O resultado das transações correntes ficou negativo em US$ 4,579 bilhões em março, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 2, pelo Banco Central. Este é o pior desempenho para o mês desde 2021, quando o saldo foi negativo em US$ 8,555 bilhões. Em fevereiro, o resultado havia sido deficitário em US$ 4,373 bilhões.
As transações correntes levam em conta as negociações entre o Brasil e outros países. Incluem a balança comercial, a balança de serviços e as chamadas transferências unilaterais (como os investimentos diretos de empresas).
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O déficit em março foi maior que a mediana do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que apontava para saldo negativo de US$ 3,10 bilhões.
No acumulado do primeiro trimestre, a conta corrente teve rombo de US$ 14,398 bilhões. Em 12 meses, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 32,606 bilhões, o que representa 1,46% do Produto Interno Bruto (PIB).
A estimativa do Banco Central para o ano é de déficit de US$ 48 bilhões (2,1% do PIB), conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.
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Viagens ao exterior
A conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 455 milhões em março, segundo os dados do BC. O valor reflete a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil no período. Em março de 2023, o déficit nessa conta foi de US$ 546 milhões.
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O desempenho da conta de viagens internacionais no terceiro mês deste ano foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,046 bilhão. Já o gasto dos estrangeiros em viagem ao Brasil ficou em US$ 592 milhões em março.
A conta de viagens internacionais registrou déficit de US$ 1,313 milhões no acumulado do ano. No mesmo período de 2023, o déficit nessa conta foi de US$ 1,526 milhões.