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Brasileiro precisa receber 5 vezes mais para comprar a cesta básica. No mês de abril, o custo da cesta básica subiu no Brasil. Tanto que o salário mínimo não é suficiente para manter os custos dos alimentos.

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em abril, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.676,11, ou 5,13 vezes o mínimo.

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Comparado com março, o valor necessário era de R$ 6.571,52, o que corresponde 5,05 vezes o salário mínimo.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido – após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social – o trabalhador comprometeu, em média, 56,51% do salário mínimo para adquirir os produtos alimentícios básicos.

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Vale lembrar que no dia 1º de maio começou a valer o novo salário mínimo de R$ 1.320 (este valor passará a ser considerado a partir da pesquisa de maio), com reajuste de R$18,00.

Veja a diferença entre o salário mínimo e o valor necessário para a cesta básica

PeríodoSalário mínimo nominalSalário mínimo necessário
2023
AbrilR$ 1.302,00R$ 6.676,11
MarçoR$ 1.302,00R$ 6.571,52
FevereiroR$ 1.302,00R$ 6.547,58
JaneiroR$ 1.302,00R$ 6.641,58

O levantamento do Dieese aponta que, no mês passado, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta foi de 114 horas e 59 minutos. A quantia é maior do que o de março deste ano, de 112 horas e 53 minutos.

Cidades
Das 17 cidades avaliadas, 14 registraram alta no valor da cesta básica. Em abril, os destaques de alta foram em Porto Alegre (5,02%), Florianópolis (3,65%), Goiânia (3,53%), Brasília (3,43%) e Fortaleza (3,38%).

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Por outro lado, as quedas foram registradas em Natal (-1,48%), Salvador (-0,91%) e Belém (-0,57%).

A cesta mais cara é a de São Paulo (R$ 794,68), enquanto a mais barata é a de Aracaju (R$ 553,89).

Inflação de abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,61% em abril, desacelerando-se em relação à alta de 0,71% apurada em março.

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No entanto, o resultado veio acima da mediana projetada pelo mercado, de 0,55%.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula alta de 2,72% nos primeiros quatro meses do ano.

Com isso, o indicador acumulada alta em 12 meses de +4,18%, de +4,65% no mês anterior. O resultado também ficou acima da mediana projetada, de +4,18%.

Ainda assim, a inflação permanece dentro do teto da meta do Banco Central para 2023, de 4,75%, pelo segundo mês consecutivo.

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