Autarquia apura se o banco condicionava concessões de crédito à contratação de seguros; ação pode impactar imagem e ações do BBAS3 na B3.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu um inquérito administrativo para investigar o Banco do Brasil S.A. (BBAS3) por suposta prática de venda casada na concessão de crédito rural.
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A apuração, solicitada pela Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio (Abdagro), busca determinar se o banco estatal condicionava a liberação de financiamentos à contratação de seguros de empresas sob seu controle, o que seria considerado uma prática anticompetitiva.
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Segundo o Globo Rural, caso o Cade encontre indícios suficientes de irregularidades, o inquérito poderá evoluir para um processo administrativo formal. Caso contrário, o processo será arquivado sem penalidades. A investigação ocorre em um momento em que o Banco do Brasil reforça sua presença no agronegócio, setor estratégico e um dos motores do crédito rural no país.
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O Banco do Brasil (BBAS3) negou as acusações, afirmando que a venda casada é expressamente proibida em suas operações. Em nota, a instituição declarou que “a escolha dos produtos financeiros é totalmente livre para o cliente, sem qualquer condicionante vinculada à concessão de crédito”.
Os papéis oscilaram entre R$ 20,80 e R$ 21,28, refletindo a reação cautelosa do mercado à abertura da investigação. Nos últimos 12 meses, as ações acumularam uma variação entre R$ 18,12 e R$ 30,04, mostrando alta volatilidade em meio às discussões sobre crédito agrícola e juros.
O Banco do Brasil S.A. é uma das maiores instituições financeiras do país e como estatal sua gestão está na mão do governo Lula.




















