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Um cidadão chinês de 43 anos fez um protesto ao mesmo tempo engenhoso e perigoso contra o Partido Comunista da China e sua política de vigilância extrema sobre a população. Na noite de 29 de agosto, foram projetadas nas paredes de um prédio na Universidade de Chongqing, localizada no sudoeste do país, enormes frases de efeito contra o PCC.

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Segundo relatos da Human Rights na China, algumas das frases eram: “Sem o Partido Comunista, haveria uma nova China. A liberdade não é uma esmola, deve ser conquistada. Levantem-se, pessoas que se recusam a ser escravizadas, levantem-se e resistam para reivindicar seus direitos. Abaixo o fascismo vermelho, derrubem a tirania comunista!. Sem mentiras, queremos a verdade; sem escravidão, queremos liberdade; o tirânico Partido Comunista deve renunciar!.”

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A projeção ficou ativa por pelo menos 50 minutos antes que cinco policiais finalmente encontrassem o quarto de hotel onde o equipamento de projeção estava localizado e desligassem o dispositivo. Usar uma câmera para capturar a imagem da chegada dos agentes de segurança foi uma espécie de protesto para que o governo se visse na posição de vigiado.

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O homem por trás do protesto é Qi Hong, que disse ter se inspirado em outros ativistas, como Peng Lifa (que em 2022 estendeu faixas similares em na ponte Sitong, em Pequim), o Movimento do Livro Branco (no mesmo ano, contra a política de Covid zero do governo) e Mei Shilin (que pendurou bandeiras de liberdade em um viaduto de Chengdu).

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Qi Hong, no entanto, decidiu fazer um uso criativo da tecnologia e configurou o projetor para ser acionado remotamente e deixou uma câmera de vigilância ligada para capturar imagens da polícia.

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Embora Qi e parte de sua família imediata tenham conseguido chegar a Londres antes de ele ativar a projeção e fugir da ditadura chinesa, alguns parentes não tiveram tanta sorte. Sua mãe idosa, que mora no campo, foi interrogada e seu irmão levado pela polícia que desaparece com quem protesta na China.

Qi compartilhou fotos e vídeos de seu protesto com o conhecido dissidente online “Professor Li”, cuja postagem inicial sobre o assunto alcançou mais de 18 milhões de pessoas.

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