Com grande prejuízo no 1ª trimestre de 2023 AgroGalaxy anuncia demissões para reduzir folha em R$ 20 milhões. A AgroGalaxy (AGXY3) mais que dobrou o seu prejuízo líquido, registrando perdas de R$ 96,6 milhões no primeiro trimestre (1T23), ante o saldo negativo de R$ 44,7 milhões um ano antes.
Em 2022, o lucro líquido da varejista de insumos agrícolas atingiu R$ 53,9 milhões, queda de 64,2%. Com isso, foram desligadas cerca de 40 pessoas do setor comercial da unidade de negócios da AgroGalaxy em Minas Gerais no dia 23 de junho de 2023, de um quadro com mais de 130 funcionários, de acordo com um ex-funcionário da empresa.
De acordo com ex-funcionário, a empresa tinha metas arrojadas para 2023, já que os resultados publicados não estavam sendo atrativos aos investidores.
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“Na virada do ano, os resultados não estiveram dentro das expectativas, em meio ao cenário de crise do mercado agrícola, com baixa no preço das commodities e insumos, o que resultou em antecipações de mercado. Porém, essas antecipações para março coincidiram com o vencimento das contas dos produtores”, comentou.
No entanto, o mercado da soja despencou e muitos produtores não pagaram contas entre maio e junho, o que gerou cobranças para levantar faturamento e gerar duplicatas para fazer garantias endossadas juntas aos fornecedores. Aliado a isso, surgiram apontamentos no Serasa da companhia pelo atraso de pagamentos e não formalização de pagamentos, explica.
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Após a AgroGalaxy chegar ao consenso de que seria necessário reduzir R$ 20 milhões em folha de pagamento entre as divisões comerciais, a empresa optou pela demissão de 20% do seu quadro de funcionários entre Goiás, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
“A AgroGalaxy está forçando vendas juntos aos produtores, para levantarem duplicatas, que possam ser aceitas por algum banco. Fornecedores de SP e de MG ficaram chocados com a demissão destes funcionários que fazem parte da área comercial da empresa. Difícil acreditar que uma empresa que só vende serviços continue no mercado”, explica o ex-funcionário.
Como texto da reforma tributária que o governo Lula pretende aprovar o setor de serviços e comércio serão extremamente prejudicados em detrimento ao apoio a indústria.
Com Moneytime
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