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O Congresso Nacional aprovou em sessão conjunta, nesta quarta-feira (18), o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, sem a obrigação de que o Executivo faça um ajuste mais duro para zerar o déficit das contas públicas em 2025.

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Inicialmente, o parecer do senador Confúcio Moura (MDB-RO), relator do projeto, continha um dispositivo que obrigaria o governo federal a mirar somente no centro da meta fiscal até outubro de 2025, sem considerar o piso inferior da banda que permite um ajuste mais frouxo nas contas públicas.

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Porém, o governo Lula (PT) reagiu e conseguiu retirar o dispositivo do projeto. O texto, então, foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta terça-feira (17) já com o dispositivo excluído.

Há uma tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos em relação à meta de déficit zero. Na prática, ao considerar o piso inferior da banda, é possível fazer um ajuste mais frouxo nas contas, o que permite um déficit de R$ 30,97 bilhões no próximo ano.

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Além disso, durante a sessão, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que houve um acordo para retirar do texto do Plenário a possibilidade de que o governo bloqueasse emendas parlamentares impositivas, que são aquelas de execução obrigatória.

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Investidores não acreditam mais no Brasil e dólar sobe Ibovespa sangra

O Ibovespa (IBOV) enfrenta um dia de sangria nesta quarta-feira (18), enquanto o dólar chega a R$ 6,25 até 16h30. Sob o peso do cenário fiscal brasileiro, no mesmo horário, apenas uma ação registrava alta no índice: Marfrig (MRFG3).

Na mínima do dia, o IBOV recua 2,16%, aos 122.007,83 pontos. O cenário fiscal deteriorando que caminha para atingir o patamar da Selic de 14,25% já em março de 2025, seguindo a projeção dada no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de mais duas elevações de 1 ponto percentual na taxa, seguindo a última realizada neste mês de novembro.

Os juros futuros estão em valores recordes nunca vistos porque os investidores não acreditam que o governo Lula seja capaz de cumprir suas obrigações, e por esta razão não aceitam juros menores para correr o risco. No fim da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 estava em 15,445%, ante 15,07% no ajuste anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2027 marcava 15,89%, com alta de 48 pontos-base ante o ajuste anterior de 15,408%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2029 estava em 15,545%, em alta de 43 pontos ante os 15,115% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2031 tinha taxa de 15,19%, ante os 14,792% da terça-feira.

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Em meio às fortes altas recentes nas taxas dos DIs, o Tesouro Nacional realizou a recompra de 400.000 títulos públicos nesta quarta e deixou de vender novos títulos da dívida, tendo já cancelado na véspera o leilão tradicional de títulos anteriormente programado para quinta-feira.

O movimento do Tesouro, entretanto, não aliviou a disparada das taxas futuras.

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O Banco Central já queimou valor recorde da reserva tentando segurar o dólar sem sucesso. Enquanto a questão fiscal do Brasil não for resolvida o céu é o limite para o dólar.

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CVC despenca mais de 14% no Ibovespa
Em um dia de queda generalizada no principal índice da Bolsa brasileira, a CVC (CVCB3) se destaca com recuo de 14%, por volta de 15h. Na mínima do dia, os papéis recuaram 14,44%, a R$ 1,60. Já no acumulado do ano, a companhia de tursmo recua 50,61%.

O setor sofre forte impacto da alta do dólar e aversão do mercado ao risco, a Selic em ciclo de aperto monetário também joga contra. Neste cenário, de ontem para hoje, a empresa perdeu R$ 100 milhões em valor de mercado.

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