O anúncio da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre móveis brasileiros provocou o cancelamento imediato de todos os contratos de exportação de móveis de Santa Catarina para os EUA, segundo informações divulgadas em julho de 2025. O impacto já é sentido em toda a cadeia produtiva, com suspensão de produção e cancelamento de pedidos para entregas a partir de 25 de julho.
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Santa Catarina é o principal estado exportador brasileiro de móveis para o mercado americano, com destaque para o polo moveleiro de São Bento do Sul, que concentra cerca de 200 indústrias e emprega 7 mil trabalhadores, dos quais mais da metade dependem diretamente das vendas aos EUA. A interrupção das operações coloca em risco milhares de empregos e provoca uma crise sem precedentes no setor, que não via paralisação total das vendas para os Estados Unidos.
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O vice-presidente para o Planalto Norte da Fiesc, Arnaldo Huebl, afirma que os clientes americanos não aceitam a alta da alíquota e comentam que não têm condições de repassar o aumento para os consumidores, o que inviabiliza a continuidade dos negócios. Empresas já buscam suporte jurídico e estudam recuperação judicial para enfrentar a falta de receita diante dos compromissos financeiros no Brasil, segundo o advogado Tullo Cavallazzi Filho.
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Antes da tarifa de 50%, as empresas já sentiam os efeitos da taxação inicial de 10%, que levou importadores americanos a adiar contratos e buscar fornecedores asiáticos, como China e Vietnã. A nova alíquota elevou a crise a um patamar crítico.
No cenário atual, o setor moveleiro de Santa Catarina luta para que a diplomacia do governo Lula negocie uma redução da tarifa, algo que já deveria ter sido feito como ocorreu com a Argentina e outros países. O Brasil devido as falas e ameaças de Lula acabou recebendo a maior tarifa do mundo.
O estado de Santa Catarina tenta também agora a possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro intermediar diálogo com Donald Trump. Contudo, o tempo é curto e a crise imediata, com impactos econômicos e sociais severos.
Em resumo, o cancelamento dos contratos de móveis catarinenses para os EUA após a tarifa de Trump evidencia uma grave ameaça ao maior polo exportador do setor no Brasil, que enfrenta prejuízos financeiros, risco de desemprego e necessidade urgente de soluções políticas e jurídicas para retomar a competitividade no mercado internacional.