Patrocinado

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos contratos de propaganda da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República revelou indícios de gastos excessivos e falta de transparência nos processos. De acordo com o relatório, as despesas foram infladas em até 733% com justificativas consideradas “genéricas” e, em alguns casos, até “contraditórias”.

LEIA: Roberto Campos Neto encerra mandato no Banco Central com 3º prêmio de melhor banqueiro central consecutivo

A auditoria examinou os gastos de cerca de R$ 450 milhões, sob a gestão do ministro Paulo Pimenta, destinados à promoção institucional do governo. Esse valor é o segundo maior entre os órgãos públicos, atrás apenas do Banco do Brasil, que destinou R$ 500 milhões à propaganda.

AINDA: STF decide investigar em sigilo deputado federal por falas durante seu trabalho Constitucional na tribuna do Congresso

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

LEIA: Nunes Marques encerra ações no STF que questionavam comportamento de Moraes “sem respeito a Constituição” no caso da plataforma X

O TCU destacou a ausência de critérios objetivos para medir a eficácia das campanhas. O relatório questiona, por exemplo, como justificar o gasto de R$ 10 milhões em uma campanha quando não há métricas para avaliar se os objetivos foram atingidos. Segundo o órgão, essa falta de indicadores impossibilita a análise de resultados e o retorno sobre o investimento realizado.

Os técnicos do TCU também identificaram justificativas vagas por parte da Secom, com menções a “objetivos de comunicação” sem detalhamentos claros. Esse tipo de argumentação é apontado como um dos fatores para o aumento dos valores contratados, levando a suspeitas sobre a real necessidade dos montantes aplicados.

MAIS: Candidato a prefeito do PSD em Belo Horizonte pede censura das redes sociais de deputado que denunciou seu “livro pornográfico”

Outro ponto levantado pelo TCU é a prática de revelar previamente os valores das campanhas às agências de publicidade, o que, segundo o órgão, impede qualquer negociação de custos mais baixos. Em todos os contratos analisados, as agências utilizaram integralmente o valor previsto, sem apresentar economias.

Além da falta de métricas, o TCU apontou que os relatórios apresentados são insuficientes para mensurar a efetividade das campanhas. Sem indicadores de desempenho, o TCU considera impossível afirmar se os objetivos foram alcançados ou não.

LEIA: IFood anuncia aquisição de parte da Shopper

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada