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Copel tem mudança de estatuto aprovada para a privatização. Governo não consegue barrar aprovação. O BNDES bem que tentou barrar a mudança, mas o voto negativo do segundo maior acionista da Copel (CPLE6) não foi suficiente para impedir a aprovação da reforma do estatuto que transformará a companhia em uma corporação e abrirá caminho para a privatização.

Os investidores aprovaram o novo modelo — de empresa de capital disperso e sem acionista controlador — em assembleia realizada nesta segunda-feira (10).

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Vale destacar que a BNDESPar, empresa de participações do banco de desenvolvimento, havia pedido mais cedo a retirada dos itens que tratavam sobra a migração para o Novo Mercado e votou contra a proposta.

A BNDESPar possui, atualmente, 24% do capital da Copel — sendo 12,4% das ON e 31,2% das PN. Mas, por maioria dos votos, a alteração no estatuto foi aprovada hoje.

Os acionistas também deram o sinal verde para a criação de uma golden share, uma ação preferencial de classe especial que dá poder de veto há algumas decisões da companhia, para o estado do Paraná.

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Além disso, foi incluído um dispositivo estatutário de proteção à dispersão acionária (poison pill). Com a chamada pílula de veneno, o acionista ou grupo de acionistas que, direta ou indiretamente, se tornar titular de ações ordinárias que, em conjunto, ultrapassem 25% do capital votante da Copel deverá realizar uma oferta pública para a aquisição da totalidade das demais ações ordinárias.

Essas ações devem ser adquiridas por valor, no mínimo, 100% superior à maior cotação das ações ordinárias nos últimos 504 pregões anteriores à aquisição, atualizada pela Selic, enquanto quem ultrapassar 50% deverá ofertar por valor, no mínimo, 200% superior sob os mesmo critérios.

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Os acionistas também aprovaram a exclusão dos dispositivos previstos pela Lei das Estatais.

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