Criptoativos de Renda Fixa. O que são e como funcionam? Quando se pensa em criptoativos a volatilidade sempre vem na cabeça. Isto porque, os criptoativos são famosos por sua volatilidade, mas nem todos são assim.
Em meio a um “inverno” que já dura pelo menos nove meses nesse mercado, ganha tração um novo tipo de ativo digital que tem propriedades mais parecidas com a de produtos de renda fixa – em vez de altos ganhos, eles focam em um retorno menor, porém garantidos, segundo taxas pré-fixadas.
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Desta forma, os criptoativos de renda fixa podem assumir diferentes formatos. Existem tokens de recebíveis, precatórios, consórcios e até energia. Por meio da tecnologia que surgiu com o Bitcoin (BTC), empresas do setor eliminam intermediários e reduzem custos de emissão, resultando em captação maior para o emitente, assim como em taxas mais atrativas para o comprador.
Em outras palavras, os chamados tokens de renda fixa ou criptos de renda fixa, são ativos emitidos em blockchain e que são lastreados em investimentos normalmente comercializados no mercado financeiro tradicional. Eles buscam atrair consumidores por proporcionar ao pequeno investidor produtos normalmente disponíveis apenas para investidores qualificados, como os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC).
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Praticamente tudo pode se tornar um criptoativo de renda fixa, através da tokenização. Por esta razão, é comum ver, por exemplo, a comercialização de tokens que representam a fatia de um contrato de aluguel de uma determinada empresa. Quem assinou o contrato antecipa o valor junto aos investidores, que, por sua vez, podem participar de uma captação normalmente indisponível para usuários comuns de varejo, ganhando um prêmio atrativo pela operação.
Contudo, estes ativos funcionam em contratos inteligentes, e têm regras de pagamento gravadas na blockchain, e as informações podem ser consultadas publicamente – inclusive o valor ao longo tempo, com o ganho de juros atualizado em tempo real.
Vantagem e desvantagem dos criptoativos de renda fixa
A principal delas é a rentabilidade, os ganhos são maiores na comparação com a renda fixa convencional. Além da acessibilidade, já que é possível começar com pouco. Porém, na renda fixa convencional o investidor também encontra esta possibilidade para alguns investimentos como o Tesouro Direto.
Entre as opções disponíveis, a MB Assets, da holding 2TM, permite investimento a partir de R$ 100. Já na Liqi, é possível comprar tokens a partir de R$ 25.
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Por outro lado, há algumas desvantagens que o investidor precisa levar em conta. A primeira delas é um risco consideravelmente alto. Isto porque, os tokens de renda fixa não são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Isto significa que o investidor precisa entender o risco que está comprando. No final, é um risco de crédito, de quem vai pagar o token. Empresas como Liqi e MB Tokens operam em uma zona cinzenta e, por isso, requerem do investidor mais cuidado na hora de escolher os ativos – como, por exemplo, fazer uma pesquisa própria a respeito da empresa que está por trás da emissão.
E por fim, outro ponto importante é que é um mercado novo, ou seja, é como se fosse “piloto”. O mercado secundário para tokens do tipo ainda é escasso ou inexistente, o que praticamente obriga o investidor a manter o ativo até o vencimento do título digital.
Embora eles estejam sendo emitidos com prazo curto, de 40, 60, 90 dias é difícil negociar antes do vencimento.