Criptomoedas estão proibidas no Afeganistão. O banco central do Afeganistão impôs uma proibição de escala nacional ao uso de criptomoeda. Além disto, o regime do Talibã prendeu vários negociantes que desafiaram as ordens de parar de negociar tokens digitais, de acordo com um funcionário de alto escalão da polícia.
Contudo, a repressão ocorre depois que alguns afegãos recorreram às criptomoedas para preservar seu patrimônio e mantê-lo fora do alcance do Talibã.
Desta forma, a criptomoeda se tornou uma maneira popular de movimentar dinheiro para dentro e fora do país, que está desligado do sistema bancário global devido a sanções impostas ao grupo militante.
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Entretanto, estudiosos religiosos já previam que o Talibã acabaria banindo a criptomoeda porque é considerada “haram”, ou proibida aos muçulmanos, pois tem elementos de apostas e incerteza. No entanto, outros países de maioria muçulmana adotaram uma abordagem mais branda.
Os Emirados Árabes Unidos permitem o comércio de criptomoedas na zona franca de Dubai, enquanto o Bahrein apoia ativos digitais desde 2019.
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No entanto, um relatório do ano passado da empresa de pesquisa de blockchain Chainalysis classificou o Afeganistão como um dos 20 principais países do mundo em termos de adesão às criptomoedas. Os resultados foram ponderados pela paridade do poder de compra per capita, que favorece as nações mais pobres.
O Talibã disse, em fevereiro, que estudaria se os tokens digitais poderiam ser permitidos sob as práticas financeiras islâmicas, já que estão analisando todas as opções para reaquecer a economia, que entrou em colapso após a retirada confusa das forças armadas americanas no ano passado, abrindo caminho para que o Talibã assumisse o controle.
Enquanto países como Singapura e EUA estão intensificando as regulamentações de criptomoedas após um crash do mercado que levou à perda de cerca de US$ 2 trilhões e à falência de várias empresas de alto perfil, proibições definitivas são muito mais raras.
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O Afeganistão agora se junta à China, que declarou todas as transações de criptomoedas ilegais em setembro de 2021.
Podemos listar a proibição absoluta das criptomoedas de nove países. Argélia, Bangladesh, China, Egito, Iraque, Marrocos, Nepal, Qatar e Tunísia. A proibição da China, em particular, impactou não só o preço do Bitcoin, na época, como também a mineração de criptomoedas.